Forever And Ever

5 anos depois
Jennet´s P.O.V.
-Mamãe, quem é esse?
Sorri fraco olhando para o porta-retrato, onde
continha uma foto minha e de Justin, não acredito que aquele babaca não estava
aqui para ver tudo isso.
-Ele é seu pai minha querida. –me agachei para
ficar do tamanho de Miley.
-Mais onde ele está mamãe? –aquilo me doía o
coração.
-Ele está descansando filha. –peguei o porta-retrato
de um lado e ela do outro.
-Descansando de que mamãe? Eu nunca vi o papai,
e na foto ele é tão bonitinho.
Uma lágrima escorreu, não acredito que já se
passaram CINCO anos, ele ainda estava deitado naquela maldita cama em coma
irreversível, várias vezes me perguntaram se poderiam desligar os aparelhos
porque as chances dele acordar já eram menos do que mínimas, e eu sempre
respondia ‘’não’’. Se Justin não desistiu de mim quando eu mais precisei, então
eu não irei desistir dele agora quando ELE está precisando. Eu olhava para Miley
e me lembrava do Justin, ela era a cara dele, acho que só servi para ficar nove
meses gorda.
-Ele está descansando para poder brincar com
você depois meu amor, ele precisa de muita energia para brincar com você.
–enxuguei minhas lágrimas.
-Tomara que ele acorde logo, eu quero ver meu
papai, quero abraçar ele e dar um beijo nele.
-Eu também meu amor. Eu também.
Fiquei observando o porta-retrato, me vieram as
imagens de Justin em minha cabeça... O seu olhar penetrante... Seus toques
suaves... Sua voz enrouquecida... Seu beijo molhado... Seu sorriso... Seus
lábios macios como pétalas de rosas... Justin era minha droga, ele era
viciante, mais viciante que entorpecentes. Eu não acredito que talvez eu nunca
mais o sinta que talvez eu nunca mais o veja sorrindo com seus dentes brancos e
bem alinhados, talvez nunca mais olhe em seus olhos e me perca naquele castanho
mel, talvez nunca mais ouça sua voz. Eu temia todos os dias não ter que ouvir
‘’sinto muito, Justin Bieber acaba de
falecer’’. As palavras em minha mente me faziam arrepiar e um vazio dentro
do meu coração surgir, sem o Justin, acho que eu não tinha mais razão de viver,
não teria mais o que sonhar, acho que a morte seria meu único caminho. Sai dos
meus pensamentos e guardei novamente o porta-retrato naquela estante
empoeirada, admirei-o por alguns segundos e dei um risinho abafado lembrando
algumas coisas idiotas que ele fazia.
-Mamãe, to com fome. –Miley me fez ‘acordar’.
-Já está na hora do almoço minha querida, venha
comer um pouco, depois vamos ver um pouco de TV juntas, hoje vai passar O Gigante de Ferro, lembra? –peguei
aquele mine projeto de gente no colo.
-É verdade... VAMOS COMER! –ri.
Coloquei Miley em sua cadeira alta, ponhei um
pouco de lasanha em seu pratinho de plástico com a imagem de alguns ursinhos no
fundo.
-Coma tudo minha princesa. –beijei o topo de
sua cabeça, os cabelos de Miley eram loiros castanhos iguais ao de Justin
Estava sem fome, eu não comia muito desde o dia
em que eu soube que o Justin entrou em coma, Alice chegou a ficar comigo por um
ano, eu não me cuidava direito e com certeza não conseguia cuidar da Miley,
cheguei a ficar com desidratação, fui parar no hospital não sei quantas vezes,
dei alguns sinais de depressão e comecei a me cortar. Mais depois de um tempo
eu comecei a pensar mais no Justin do que em mim, me concentrei em cuidar da
Miley e de mim mesma, nunca levei a Miley ao hospital para ver o pai, tinha
medo de que ela pudesse compreender mal e acabar ficando com algum problema
psicológico, mais eu, sempre que podia, visitava o Justin, ele continuava o
mesmo, sempre cheio de fios e tubos que levavam oxigênio até ele, sempre rezava
ao lado dele na esperança dele poder me ouvir e abrir os olhos e mostrar ao
mundo que tudo é possível se você ter fé e acreditar. Fui até a sala, peguei o
porta-retrato novamente, admirei a fotografia, eu não sabia se chorava ou se
sorria vendo a foto, parecia que era EU que estava em meio á uma escuridão, deixei
algumas gotas de lágrima caírem no porta-retrato.
-Mãe, acabei! –Miley apareceu correndo na sala,
limpei minhas lágrimas rapidamente.
-Tudo minha filha? –dei um sorriso um tanto falso.
-Tudo mamãe! Posso ver o filme?
-Claro que pode. –ri e entreguei o controle á
ela.
Eu não estava com a mínima vontade de largar
aquela foto, era como se fosse um tesouro que valia milhões, na verdade, mais
do que milhões.
Valia mais do que uma vida.
Concentrei-me na foto e no sorriso que o Justin
continha nos lábios, ele era tão perfeito, talvez não fosse perfeito por
dentro, mais por fora, ele parecia ser uma obra de arte que ganhou vida, um
anjo que caiu do céu, e ele teve que cair justamente em meus braços. Sorri
feito uma boba vendo a foto, me pergunto se isto é realmente normal. Quando
estava pronta para guardar o porta-retrato meu celular tocou, era Alice.
-JENNET! –a voz dela estava trêmula.
-Alice? O que houve?
Arregalei meus olhos, e deixei o porta-retrato
cair no chão fazendo ele se quebrar em vários pedaços, grandes e finos. Várias
lágrimas surgiram em meus olhos.
Não acredito que isso realmente aconteceu.
Justin´s P.O.V.
Eu não sabia bem, para mim eu estava morto.
Minha mente gritava meu corpo não se movia, eu tentava de tudo, mais de nada
adiantava, algo parecia pesar em cima de mim, como uma pedra me esmagando, meu
corpo estava morrendo aos poucos, minha cabeça pesava mais de cem quilos, para
mim. Eu não sabia se estava cociente ou inconsciente, tudo estava confuso, eu
conseguia ouvir algumas vozes, mais não era sempre, sempre ouvia palavras
estranhas como ‘’desligar’’, ‘’morrer’’,
‘’esperanças’’. Mais a palavra que eu mais ouvia era um ‘’NÃO’’. Sempre dito de forma firme e
confiante. Aquilo me intrigava, porque eu conseguia ouvir essas palavras mais
não conseguia fazer outra coisa? Parecia ser um pesadelo, a escuridão sempre
ficava presa aos meus olhos, parecia
ser a morte, esperando o momento certo para me levar, mais eu nunca deixei ela me levar. Tentei ser forte o
bastante para me livrar da escuridão, tentei abrir meus olhos, mais só o ato de
querer abri-los fazia minha cabeça latejar e doer como nunca, sentia como se
tivessem acertado uma pedra em minha cabeça. Tentei mais uma vez, consegui
abrir um mísero milímetro e uma luz forte invadiu minha visão, fechei meus
olhos com força, o que fez minha cabeça doer novamente, comecei a tomar sentido
de algumas partes de meu corpo, senti um movimento em minha volta, era
assustador. Esperei aquela estranha movimentação passar, eu não conseguia abrir
meus olhos, tudo em minha volta doía, mais uma parte de mim gritava ‘’VAMOS JUSTIN, SEJA FORTE’’. Tentei
abrir meus olhos, e mais uma vez àquele tenebroso clareado invadiu minha vista,
mais desta vez consegui suportar, pisquei meus olhos para aliviar um pouco a
dor que ainda invadia minha cabeça, foi quando tive a visão de uma garotinha de
lindos cabelos longos louros castanhos, olhos cor de mel, pele branca feito a
neve e a boca delicadamente rosada, ela parecia ter entre quatro e cinco anos
de idade, e o mais espantoso, ela se parecia comigo, eu não entendi muito bem o
que estava acontecendo, foi quando vi ela. Seus longos cabelos morenos, seus
olhos castanho escuros, sua boca delicadamente desenhada e seu rosto
perfeitamente esculpido. Jennet Mackenzie.
-Justin... –a voz dela estava trêmula, seus
olhos estavam encharcados, eu não estava entendendo nada, Jennet me deu um
abraço apertado.
-Jennet... –minha voz soou fraca.
Aquela criancinha me olhava espantada, e eu
tinha uma leve impressão de que eu já a conhecia. Ela se aproximou de mim e
esticou sua pequena mão, levantei minha mão com um pouco de dificuldade, foi
quando nossas mãos se encontraram uma com a outra, senti um leve choque
percorrer meu corpo, e a menininha arregalou seus olhos cor de mel.
-Papai? –aquelas palavras me fizeram congelar,
como assim? Eu... Não é possível.
-Filha? –falei sem acreditar, da última vez que
vi a Miley ela estava dentro da barriga de Jennet, e sim, eu lembro o nome
dela.
Ela se aproximou de mim e tocou suas delicadas
mãos em meu rosto, deixei uma lágrima cair, aquilo me espantou, Miley estava
tão grande, ela era linda.
-Justin, você se lembra da sua filha Miley?
–Jennet segurou minha mão.
-Lembro mais da última vez que a vi... Ela
estava dentro de sua barriga... Como...
A porta daquele quarto, o que me parecia ser
mais um hospital, abriu e uma mulher loira usando um jaleco branco se aproximou
de mim.
-Olá Justin, sou Isabella, sua médica, vou lhe
fazer algumas perguntas, veja se consegue se lembrar. –aquilo estava estranho e
confuso, como assim ‘’me lembrar’’? –Você sabe seu nome completo?
-Justin Drew Bieber. –respondi como se fosse
óbvio.
-Sabe quando nasceu?
-Primeiro de março de noventa e quatro. –aquilo
já estava me enjoando.
-Em que ano estamos?
-Dois mil e quatorze. –observei Jennet rir.
–Qual o problema?
-Na verdade estamos em dois mil e dezenove.
Você acabou de acordar de um coma irreversível, que por milagre durou apenas
cinco anos. –arregalei meus olhos.
-Isso quer dizer que eu já estou com vinte e
seis anos?
-Sim Justin, e nossa Miley já está com cinco
anos. –olhei bem para Miley e sorri.
-Não acredito que fiquei ausente por cinco
anos, eu nem vi minha pequena crescer. –acariciei os cabelos sedosos de Miley.
-Você não teve culpa, você estava em coma, e
não foi culpa de ninguém, o importante é que você está bem. –senti seus lábios
sedosos tocar os meus não acredito que fiquei cinco anos sem sentir seus lábios
delicados nos meus.
-Pai... Você vai brincar comigo? A mamãe disse
que você estava descansando para brincar comigo, isso era verdade não é? –ela
fez um biquinho irresistível, sorri de orelha á orelha.
-Sim filha, isso é verdade, eu já dormi
bastante, e agora eu acordei só para brincar com você meu amor. –tive força
suficiente para colocar Miley em meu colo, beijei seu rosto que parecia um
algodão de tão macio.
-Eu nunca te vi papai, você é tão lindo... Seus
olhos são iguais aos meus, seu cabelo também, seu nariz... Menos minha boquinha
que é igual da mamãe. –foi impossível não abrir um sorriso.
-Você é muito linda filha, parece uma princesa,
e você é minha cara.
-Só servi para parir mesmo. –Jennet cochichou.
-Deixa de besteira. –ri. Ela não havia mudado
nada MESMO!
Fiquei curtindo MINHA família, eu não acredito,
eu durmo por cinco anos e quando acordo vejo as pessoas que eu mais amo nesse
mundo, Miley era uma boneca, ela havia pegado o celular de Jennet e tirado
fotos comigo, cada uma delas fazendo caretas, eu ria a cada foto que ela
tirava, Jennet sorria e dava algumas risadas, minha ficha ainda não tinha
caído, eu estava segurando MINHA filha nos meus braços, era como se eu
estivesse em outro mundo, um mundo mais delicado, e eu estava cociente de que a
partir de agora, eu terei uma nova vida. A porta do quarto se abriu novamente.
-Senhor Bieber, o senhor tem visitas. –senhor o
caralho, ainda sou novo.
-Finalmente a bicha loira acordou! Trouxe
balões de boas vindas. –Christian entrou com vários balões coloridos na sala.
-Gazela! Acordou! Trouxe flores para você amor.
–Ryan estava com um buquê de rosas brancas.
-Só vim te ver. –Chaz se sentou na cadeira
reclinável.
Tampei os ouvidos da Miley.
-Bando de viado corno! –mandei dedo para os
três.
-Imagino a educação que você vai dar á sua
filha Justin. –Alice entrou na sala, e para minha surpresa, seu cabelo estava
pintado de rosa claro.
-Alice? É você mesma? Cadê a loira burra de
sempre? –falei rindo.
-Olha só quem diz idiota. –ela me mandou dedo.
-Rebeldia...
-Soul
Rebel babe!
Eu e Jennet se olhamos e caímos na risada.
Cinco anos inativo, devo ter perdido muita coisa.
Muita coisa mesmo.
Jennet´s P.O.V.
Eu não conseguia acreditar, as chances de
Justin eram praticamente zero, mais quando eu atendo o celular recebo a notícia
de que ‘’Justin acordou’’, e quando
ele abriu seus olhos, que confesso, não lembrava mais de sua cor penetrante, eu
não consegui acreditar. Ele estava bem, estava vivo, estava ali. E logo depois
de acordar ele já deu aquele sorriso perfeito que só ele tem, eu não consegui
controlar minhas emoções, parecia ser muita coisa para minha cabeça.
-Pai! Pai! O tiú Christian disse que você é
chato.
-Ah, tio Christian é um bocó. –Justin o fuzilou
com os olhos, ri da situação.
-Só disse a verdade cara, sua filha precisa te
conhecer.
-Mais a deixe descobrir sozinha. Não liga pro
tio Christian filha, ele é bobo e não sabe o que fala. –Justin beijou a testa
de Miley.
-Quando você vai embora daqui? Já cansei de
ficar aqui? –Alice reclamou colocando os pés em cima da mesinha que havia no
quarto.
-Oh, revoltada, ele deve ter alta hoje mesmo.
Depende do estado de saúde dele. –falei impaciente.
-Ótimo, não agüento mais ficar vindo nesse
hospital quase todo dia da semana.
Ri, com certeza Justin teria que saber de
muitas coisas.
[...]
No outro dia Justin recebeu alta, ele estava
andando um pouco engraçado, acho que estava se acostumando a ficar de pé.
-Puta que pariu que fome. –olhei pro Justin e
dei um tapa em seu ombro.
-Não xinga perto da sua filha sua anta.
-Briga de casal, cadê meu cafezinho? –Chaz
revirou os olhos.
-Chaz, tem uma cafeteria bem ali olha. –Justin
apontou e todos caíram na risada.
-Vai se ferrar cara.
-Já me ferrei, acabei de acordar de um coma.
-Isso na verdade tem outro nome, e se chama,
tomar no cú.
Rimos, as piadas irônicas de Alice eram as
melhores.
-E agora? –Justin perguntou meio confuso.
-Todos vamos para nossos cantou e quem sabe,
hoje a noite podemos nos encontrar? Soube que vai rolar uma festinha por
aqui... –Ryan olhou para cada um de nós.
-Sinto muito Ryan, sou um homem de família
agora, e tenho que recuperar um bom tempo perdido com minha família. –Justin me
olhou seguido de um sorriso, retribui com um selinho.
-Tudo bem paizão, agente se vê algum dia.
Todos nós nos despedimos, Justin e eu fomos até
um parque com Miley, o clima estava agradável, com certeza o outono estava
próximo, a paisagem alaranjada, folhas caindo lentamente, a grama esverdeada
com um toque de marrom, o vento soprava gelado, mais nada que alguns agasalhos
impedissem o frio de nos atrapalhar. Justin e eu sentamos debaixo de uma árvore
com uma sombra fraca, Miley brincava com algumas folhas que estavam no chão,
pegando-as em suas mãos e jogando para cima. Sentei com as costas apoiadas no
peitoral dele.
-Justin...?
-Jennet...?
-Eu te amo. –falei olhando ele de canto.
-Você se apaixonou pelo Justin ou pelo
criminoso?
-Acho que os dois, sem o Justin não existira o
criminoso e sem o criminoso não existiria o Justin.
Ele sorriu.
-Justin, qual foi seu pior crime?
Vi ele sorrir de orelha a orelha, em seguida me
fazendo virar e encarar seus olhos selei nossos lábios.
-Meu pior crime? Amar demais alguém proibido.
AI MEU DEUS ESSA FRASE.... Ta perfeitooooo, chorei MUITO MESMO! Parabens sis a ib toda foi perfeitAAaa
ResponderExcluirOMG Q PERFEITOOOOOO, Saah mt obrigada por ter feito o Jus acordar haha mas eu li o começo do cap e pensei q ele tinha morrido... mt perfeitoooo
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