Justin´s
P.O.V.
-I´ll be looking for you… -era a milésima
vez que eu cantava.
-De
novo! Por favor! –Caitlin me pedia manhosa.
-Amor,
eu vou ficar sem voz! –dei um leve riso.
-Mais
eu amor ela...
-Então
me ajude á preservá-la, não á gasta-la. –passei meu braço por cima de seu ombro
e lhe dando um beijo no rosto.
-Tem
razão, porque sem sua voz é impossível viver.
-E
quando eu partir? –perguntei e vi que ela deu um breve suspiro.
-O
mundo nunca mais será o mesmo sem você.
Ela
me beijou, esse era dos maiores medos de Caitlin, me perder, e devo dizer, e um
dos meus medos também. Não imagino minha vida sem a Caitlin, ela me ajudou
quando eu mais precisava enquanto o resto do mundo me desprezava como lixo.
Caitlin foi a única humana.
Flash Back On*
-SUMA DA MINHA FRENTE!
VOCÊ É UM DESGOSTO PARA ESTA FAMÍLIA JUSTIN BIEBER! –as palavras de minha mãe
era nítida, e ela com certeza não iria aceitar um filho drogado como eu.
-EU SOU UM DESGOSTO?
OLHE SÓ PARA VOCÊ! MINHA PRÓPRIA MÃE ME EXPULSANDO DE CASA! EU JÁ DEVERIA SABER
QUE VOCÊ NUNCA ME QUIS! EU SOU APENAS UM OBJETO QUE VOCÊ MANIPULA, MAIS QUER
SABER? EU NÃO VOU SER MAIS ESSE OBJETO! EU VOU EMBORA! E SE VOCÊ AINDA TIVER UM
PINGO DE AMOR SINSERO E VERDADEIRO POR MIM ME PROCURE! –peguei minha mochila
que estava em cima do sofá.
Sai de casa batendo a
porta, eu nem se quer peguei meu carro, fui andando. Era quase meia noite, as
ruas estavam escuras e frias, e era provável que eu poderia ser assaltado,
assassinado ou até mesmo estuprado. O vento gelado me fazia sentir calafrios dos
pés à cabeça, juntando o medo, meu corpo inteiro estava arrepiado. Eu não tinha
nenhum lugar para ficar, meus amigos haviam se afastado de mim completamente,
além do mais, quem iria querer um amigo drogado? Era normal para mim andar
essas horas, tinha dias que eu só voltava para casa lá pelas sete da manhã,
mais de uma certa forma eu estava inseguro e com medo. Previa que algo iria
acontecer.
Andei algumas quadras,
mais o cansaço falou mais alto. Sentei-me debaixo de uma árvore, havia um poste
ao lado dela que a iluminava. O vento soprava cada vez mais forte, meus lábios
já deveriam estar roxos á uma hora dessas, peguei um casaco dentro de minha
mochila, serviu para amenizar um pouco o frio que eu sentia, mais os calafrios
ainda estavam ali presentes. Encolhi-me debaixo daquela árvore buscando uma
forma de me aquecer, mais foi em vão.
Fechei meus olhos e
tentei dormir ou pelo menos me acostumar ao clima, mais de nada adiantava. Eu
rezava pedindo ajuda, pedindo proteção para conseguir acordar de manhã. Meu
celular estava descarregado, então ninguém me acharia tão fácil nessa cidade.
-Deus, por favor, me
ajude, eu sei que pode ser tarde demais para eu pedir ajuda, mais, por favor,
me perdoe, eu sei que mereço estar nesta situação, e sei que minha mãe não
merece um filho como eu, mais eu lhe peço seu perdão.
Rezei baixo, era como se
eu quisesse que um anjo aparecesse para me salvar desta situação.
-Hey está tudo bem com
você? –uma voz delicada ecoou em meus ouvidos, achei que poderia estar ouvindo
coisas.
Abri meus olhos
lentamente para ter certeza de que não seria apenas uma alucinação minha.
E
para minha surpresa, ela era real.
-Tudo bem? O que faz
aqui fora uma hora dessas? Qual seu nome? –Caitlin estava ali, eu jamais
esqueceria aqueles olhos azuis e aquela pele branca e delicada. Acho que ela
não conseguia me ver pois eu estava de cabeça baixa e a sombra da árvore me
escondia mais.
-Como se você não
conhecesse esse babaca.
Vi que ela se espantou
quando olhei para cima. Eu não sei se ela estava com medo de mim ou de ter me
encontrado.
-Justin? O que faz aqui?
Porque não está em casa? –por mais incrível que pareça, ela se aproximou de mim
e colocou a mão sobre meu rosto –Está gelado como um morto, você é louco?
-A resposta de todas as
suas perguntas: eu fui expulso de casa. –falei com a voz um pouco baixa, meus
lábios doíam e pareciam rachar.
-Você é louco! –ela deu um
breve riso.
-Todos dizem que sou
louco Caitlin, mais eu não sou... As pessoas é que não compreendem meus
pensamentos.
-Eu
compreendo.
Dei um riso baixo, o
frio estava me matando, e até agora eu não entendi o que Caitlin fazia fora de
casa á uma hora dessas. Ela estava toda agasalhada, achei meio estranho.
-Justin, por favor, não
fique nesse frio. Vamos até minha casa, se aqueça, coma alguma coisa, se quiser
durma por lá, mais pelo amor de Deus, saia deste frio, pode pegar um resfriado
ou uma pneumonia. –Caitlin ajudou-me a levantar, eu não estava entendendo mais
nada, achei que ela me odiasse.
-Caitlin, você me odeia!
-Quem
te disse essa mentira?
Flash Back Off*
Eu
até hoje não entendo aquela noite, era como se eu tivesse achado um anjo.
Um
anjo chamado Caitlin Victória.
Ri
me lembrando daquela noite.
-Está
rindo do que palhaço? –ela ria junto á mim.
-Achei
que eu fosse louco aquela noite.
Caitlin
deu um meio sorriso, selei nossos lábios. O amor pode vir de forma inesperada,
mais é a melhor forma de todas. Passei minha mão pelo corpo de Caitlin, deitei
em cima dela, nosso beijo ficou mais intenso, e a cada segundo nós víamos o
desejo de cada um. Eu sou louco. Louco pela Caitlin.
[...]
Cai
ao lado de Caitlin regulando meu fôlego que aparentava não existir mais, nossos
corpos estavam suados e quentes, Caitlin estava com seus olhos fechados,
retirei alguns fios de cabelo de seu rosto.
-Hey,
eu te amo. –falei quase um sussurro.
-Eu
também te amo. –recebi o sorriso sincero de Caitlin.
Puxei
a coberta, a virei de frente para mim e juntei nossos corpos, eu podia sentir
sua respiração e podia ouvir as batidas de seu coração, beijei-a na testa e dei
um ‘’boa noite’’.
Acordei
com o som da campainha, Caitlin ainda dormia, levantei-me com cuidado para não
acordá-la, coloquei minha cueca que estava jogada em um canto qualquer do
quarto e uma calça moletom, desci meio sonolento, achei meio estranho alguém
vir a essa hora em casa. Assim que abri a porta, me deparei com um homem muito
bem vestido, continha medalhas em seu peito, me parecia ser um sargento.
-Pois
não? –tentei ser o mais simpático possível, eu não sabia o que ele iria me
dizer.
-Justin
Bieber? –o tom de sua voz me deixou com calafrios e um arrepio subiu pela minha
espinha.
-Sim...
-Sargento
Connor, o senhor Bieber está convocado para o Exército Americano, irá hoje ás
três em ponto para o centro de combate.
-Como
assim? Exército Americano? Mais eu não me inscrevi nem nada. –fiquei meio
confuso.
-É
obrigatório, o senhor queira ou não, ficará apenas três meses e depois poderá
viver sua vida normal. Prepare suas malas, sairá ás três em ponto.
Ele
saiu sem dizer mais nenhuma palavra, fechei a porta e não acreditei no que
acabei de ouvir. Como assim? Exército? Eu? Por quê? Eu não vou agüentar três
meses longe de Caitlin! Pousei minha mão sobre minha testa, eu não tinha mais
nenhum pensamento, mais nada vinha à minha mente, eu estava quase chorando. Eu
não posso deixar Caitlin assim do nada! Ouvi alguns passos descendo a escada,
fingi não estar acontecendo nada.
-Justin?
O que faz acordado? –ela estava linda, aquela cara de sono dela, era
encantador.
-Ah...
Não sei amor, eu acordei e eu vim aqui fazer café... –menti –Além do mais já é
quase duas horas da tarde.
-Homem
trabalhador... –ri falso.
-Pode
dormir amor, tome um banho... Eu vou estar aqui. –meu peito doeu, eu não queria
contar á ela.
-Vou
tomar um banho, preciso urgente!
Dei
um sorriso para ela, sentei na bancada da cozinha, abaixei minha cabeça, eu não
conseguia me imaginar sem a Caitlin por perto, sem ela eu sou como um homem no
meio do oceano sem uma bússola. Ouvi o barulho do chuveiro, subi as escadas sem
fazer barulho, peguei uma mala e coloquei alguns objetos pessoais, algumas
roupas, peguei uma foto de nos dois e coloquei na mala, fechei-a e escondi a
mesma debaixo da cama, ouvi o chuveiro ser desligado, desci correndo e fingi
estar fazendo café, peguei uma xícara e vi Caitlin na escada, ela estava
realmente linda, toda sorridente, e ela mal sabia o que iria acontecer.
-Está
linda como uma princesa. –falei olhando para ela.
-E
você está lindo como um príncipe. –sorri.
Aproximei-me
de Caitlin e dei um beijo, podemos dizer desesperado. Eu não acredito que vou deixá-la.
-Nossa,
que beijo é esse? –ela riu.
-O
beijo de bom dia e eu te amo. –sorrimos um
para o outro.
-Vai
tomar um banho seu porco.
-Ótima
maneira de me dizer bom dia. –ri.
-Bom
dia, vai tomar um banho amorzinho que está fedendo e grudento.
Sorri,
dei um último selinho nela, subi as escadas, tirei toda a minha roupa e entrei
no box, eu não podia demorar, logo iria dar três horas. Eu não sabia como iria
dizer a Caitlin que eu iria me ausentar por três meses, ela não vive um dia sem
mim, assim como eu não vivo um segundo sem ela.
Terminei
meu banho, coloquei uma regata preta, uma bermuda marrom e um tênis cinza, não
ajeitei muito meu cabelo, ouvi a campainha, quando olhei no relógio era três em
ponto, respirei fundo, peguei minha mala de debaixo da cama, desci as escadas
de cabeça baixa, eu estava quase chorando, mais eu não podia me mostrar fraco
perto de um sargento.
-Justin...
O que é tudo isso? –ela estava com os olhos cheios de lágrimas.
-Acho
que você já conhece a resposta Caitlin... –minha voz estava quase falhando, o
choro estava preso na minha garganta.
-Não...
Justin... Diga-me que isso é uma de suas brincadeiras e daquelas suas
pegadinhas que eu sempre caio. –suas lágrimas escorriam de maneira inexplicável.
Aquilo só me deixou pior.
-Caitlin,
olhe bem para mim, meu estado, essa mala, minhas roupas, e veja se estou
mentindo.
Olhei
para ela com os olhos cheios de lágrimas, meu coração parecia ter sumido do meu
corpo, eu já não tinha mais consciência de nada, minha vida parecia ter acabado
ali. É incrível, quando você acha que tudo está bem, sempre terá algo para
atrapalhar sua felicidade. Minha vontade naquele momento era de mandar aquela
merda de Exército pra puta que pariu e viver minha vida normal ao lado de
Caitlin. Aproximei-me dela, seu rosto se encontrava vermelho e sua feição
totalmente triste e acabada. Seu sorriso foi transformado em lágrimas, e seu
coração partido ao meio.
-Justin,
por favor, não vá! Não me deixei, você sabe que eu não viveria um segundo sem
você. Sargento eu lhe imploro, não o deixe ir! Eu não tenho ninguém como ele,
Justin é o amor da minha vida, eu nunca desisti dele, nunca quebramos nossas
promessas, e nunca nos separamos! Por favor, tenha piedade, deixe-o aqui! –Caitlin
se ajoelhou de tanto chorar, eu já não tinha mais forças para vê-la daquela
maneira, foi inevitável minhas lágrimas não escorrerem pela minha face.
-Sinto
muito senhorita Victória, são ordens do governo. –Connor falava de um modo como
se ele não tivesse dó e nem sentimento algum, chegava a dar nojo daquele homem.
-QUE
SE FODAM ESSAS ORDENS! ELE NÃO VAI!
-Caitlin,
por favor, me escute... Eu te amo, e eu voltarei o quanto antes de você
perceber, eu te amo, e sempre vou te amar, não importa onde eu esteja. –ajudei-a
a se levantar, dei o último beijo nela.
-Eu
também te amo Justin...
Ajeitei
minhas coisas, subi em cima daquele jipe de combate, onde havia mais cinco
homens, pude perceber Caitlin falar um ‘’eu
te amo’’ sem som, retribui com um sorriso e retribui com um sussurro ‘’eu te amo para sempre’’. O carro
começou a andar e quanto mais longe de Caitlin eu ficava, mais minha dor
aumentava, eu ainda não estava acreditando.
Nosso
amor foi destruído pela guerra.
Para ou continua??
Gente desculpem a demora, internet da vivo tá morta!E eu nem to botando fé no capítuloE aí? O que acharam? Choraram? #NOT