31 maio 2014

One Life - Capítulo 3 - Just a day.




Caitlin’s P.O.V.

Justin sempre fazia minhas noites com ele serem especiais, era como se ele já tivesse esse dom de deixar as coisas perfeitas. Mesmo deserta, permaneci de olhos fechados, passei minha mão sobre o colchão e não senti o Justin, abri meus olhos e olhei para o lado, no mesmo instante a porta se abriu me deparei com aquele sorriso perfeito que só ele tem. Ajeitei o lençol em meu corpo, Justin estava com uma calça moletom cinza e sem camisa, seu cabelo bagunçado o deixava sexy e ao mesmo tempo fofo.

-Bom dia minha princesa. –ele se sentou ao meu lado e colocou uma bandeja ao meu lado, seu sorriso era enorme.
-Bom dia amor. –falei sonolenta sentando-me na cama e me enrolando ao lençol.
-Nossa noite foi perfeita como sempre. –Justin passou seus dedos sobre minha bochecha que logo ficaram vermelhas, olhei para baixo e sorri tímida.
-Ah... O que é isso tudo? –tentei cortar o assunto me referindo a bandeja de café, recebi um riso abafado de Justin.
-Tudo para minha pequena, você é minha princesa Caitlin, e merece ser tratada como tal. –novamente Justin me arrancou um sorriso, ele sempre foi assim, bobo e romântico, é uma das coisas que eu mais gostava nele.
-Feche os olhos, por favor.
-Por quê?
-Só feche. –falei manhosa.

Ele não questionou, apenas fechou seus olhos, peguei minha calcinha, vesti-a e em seguida peguei uma de suas camisas que estava jogada ao chão, vesti. Aquilo era um blusão em mim.

-Pronto. –fiz um coque bagunçado para diminuir aquela juba que eu chamo de cabelo.
-Tudo isso para eu não ver o que eu já vi? –ele riu.
-Exatamente, já viu, não precisa mais ver. –senti com meus joelhos e ri junto dele.
-Garota vergonha.

Senti seus lábios tocarem os meus. Eu sempre tive vergonha de mostrar o meu corpo em uma hora qualquer, e sempre vou ter. Sorte que Justin não se importava muito com isso, ao contrário, ele parecia amar isso em mim. Parei o beijo com breves selinhos.

-Que horas são? –perguntei espreguiçando-me.
-Não sei, deve ser umas nove e pouco, não se preocupe, hoje eu não vou trabalhar, pedi ao meu chefe um dia de folga, estou sem tempo com minha vida.
-Pensei que era comigo que você iria passar mais tempo.
-Você é minha vida.

Sorri novamente, isso se chama ‘’O efeito Justin’’.

-Coma um pouco, olhe, fiz seu chocolate quente preferido, bolo quente com... Sorvete de flocos... –cortei-o.
-ME DÁ! ME DÁ! –subi em cima dele para tentar pegar o prato.
-Ah não... Sente aí! –ele sempre fazia essas brincadeirinhas.
-Justin... Me dá... –falei como uma criança pedindo doce e fiz bico.
-Não, EU vou lhe dar. –ele deu uma colherada no sorvete e a aproximou de minha boca, comi.
-Já disse que te amo? –falei de boca cheia.
-Pensando bem, hoje não.
-EU TE AMO! –pulei em cima dele o beijando, senti Justin roubar um pouco de sorvete de minha boca com sua língua.
-Que delícia. –ele riu.
-Ai, seu porco! Nojento! –fiz careta e me afastei dele.
-O que? É só sorvete.
-Ah, vai se foder! –arranquei o prato de suas mãos, dei mais uma colherada.
-Está bem.

Ele se levantou da cama e foi no banheiro, fiquei sem entender nada. Ouvi seus gemidos do banheiro, larguei o prato em cima na bandeja e tampei meus ouvidos.

-O QUE É ISSO JUSTIN? –gritei.
-VOCÊ NÃO MANDOU EU ME FODER? TO ME FODENDO. –ele gritou do banheiro
-AI, SEU NOJENTO!

Justin saiu do banheiro rindo, olhei com cara de nojo para ele, minha vontade era de voar em seu pescoço e lhe dar uns bons tapas, me aproximei dele.

-Você... É... Muito... Idiota! –bati nele a cada palavra.
-Amor... Para! –ele ria ao mesmo tempo em que falava.
-Idiota!
-Era brincadeira, eu não fiz nada.
-Ah! Não? Você gemendo era o que então? –perguntei sínica.
-Brincadeira. Boba.
-Bobo é você! Imbessíl! –cruzei os braços
Eu? Imbessíl? Retire agora mesmo o que disse Caitlin Victória! –ele me pegou no colo e começou a rodar comigo.
-PARA! EU VOU VOMITAR EM CIMA DE VOCÊ!
-Retire o que disse que eu paro.
-AI! VOCÊ NÃO É IMBESSÍEL É A PESSOA MAIS LINDA E INCRÍVEL QUE EU JÁ CONHECI.

Gritei e ele parou de me rodar, tentei ficar em pé mais estava muito zonza.

–Idiota! Você me paga! –falei.
-Ui! Estou doido para saber como vou pagar!
-Hoje você faz o almoço.
-NÃO! TUDO MENOS ISSO! E SE EU PONHAR FOGO NA CASA? –ele se ajoelhou e agarrou minhas pernas.
-Se vira!

Ri da cara dele e fui para o banheiro, tomei um bom e merecido banho, penteei meu cabelo, coloquei uma blusa solta na cor branca, um short jeans e fiquei descalça isso era coisa minha, ficar descalça dentro de casa, parece estranho mais é aconchegante. Desci e encontrei Justin limpando a estante.

-O que é isso tudo? –perguntei rindo.
-Estou pagando minhas dívidas com você. –ele riu junto.
-Homem trabalhador... Isso é o que eu gosto.

Coloquei a música Fall Down, peguei mais um pano, molhei-o e subi em uma cadeira.

-Vamos pagar a dívida juntos!

Sorrimos um para o outro, limpamos toda aquela estante no ritmo da música, as vezes dançávamos para divertir o momento, porque, vamos admitir, limpar a casa é um chatice sem música! Justin fazia algumas palhaçadas que me faziam gargalhar, ou até mesmo, quase cair da cadeira. Terminamos e ficamos olhando um para o outro.

-Você pega os panos e o balde, eu pego os produtos e os rodinhos. –quebrei o silêncio

Rimos e corremos isso parecia ser um tipo de brincadeira, mais na verdade eram só dois bobos limpando a casa, peguei os produtos de limpeza e os rodinhos que, como de costume, estavam pendurados na parede da varanda, encontrei Justin no meio do caminho carregando o balde com água, joguei os produtos rindo, agora parecia mais um ritual de magia negra do que uma faxina. Coloquei a música Fire Starter, olhei para Justin, sorrimos um para o outro e começamos a limpar, ou melhor, dançar.

-I’m a fire starter, I’m a sweet disaster! I melt hearts like water, yeah yeah oh woah yeah yeah, oh oh!

Cantei fazendo o cabo do rodinho de microfone, Justin deu um risinho.

-I’m a bad ass jumping off the moving train. I’m a Jane Bond, putting all the guys to shame… -cantei.
-I’m a wild card, Imma bout to take my aim. You better watch out, watch out. –Justin continuou.

Por um momento parei, a voz de Justin era como a de um anjo. Doce, grave, mais com um toque de sedução. Era uma mistura que eu nunca tinha ouvido antes, fiquei hipnotizada.

-Justin... Sua voz... –eu não tinha palavras para descrever.
-Eu sei, é horrível.
-Você está brincando comigo? SUA VOZ É PERFEITA! –coloquei o toque de uma música que se chamava Looking For You. –Cante, faz um tipo de rap, sei lá, mais canta.
-Mesmo? –ele me olhou rindo.
-Sério!
-Tudo bem, lá vai... –ele tomou fôlego, claro que pela vergonha que ele estava.

Ele contava o ritmo da música nos dedos esperando o momento certo para cantar.

-Hey where the party at? Let’s go! Where the swag? Let’s roll. Yea, everywhere I go, them girls follow. Na, na, na, na. Let everybody know that I’m here tonight! As soon as I walk in the door? If I didn’t know I need you for sure.

Eu estava sem palavras, minha boca formava um verdadeiro ‘’O’’, Justin era ótimo, parece que ele já nasceu com esse dom, ou melhor, OUTRO dom.

-Tonight might be the night. You might mess around and fall in love, and I might be the guy. That’ll make you wanna fall in love with me. Girl, what’s you name, I’m happy that you came. I’m the man in this, stick with me, I can’t love. Everywhere around the world, don’t know. I’ll be looking for you.

Eu estava quase gritando, a voz dele era perfeita, e junto á música, era a mistura perfeita. Não me contive.

-AI CARALHO QUE VOZ LINDA, PORRA! –pulei em cima dele.
-Amor... Que escândalo! –ele ria, comecei a beijá-lo.
-Justin, faça um favor ao mundo e vire um cantor! –ajoelhei aos pés dele. Ouvi seus risos.
-Ah, vou virar, e meu nome artístico vai ser Bizzle. –olhei para ele sínica.
-Se você se chamar Bizzle, lhe arranco os dentes. –fiz ele rir.
-Tudo bem, vou me chamar Justin Bieber. –rimos juntos.

Ri, Justin nunca teria coragem de subir ao palco, ele é muito tímido, não conseguia cantar nem para si próprio quanto mais para várias pessoas.

[...]

Era meio dia quando terminamos de limpar a casa toda, e nem comida havíamos feito ainda, a empregada hoje tinha folga, então eu e Justin teríamos que nos virar sozinhos.

-Qual a coisa mais simples que tem aqui? –Justin pegou o livro de receitas.
-Deixa de ser froxo, eu sei cozinhar! –olhei sínica.
-Isso eu sei, mais quem não põe fogo na própria cozinha?

Flash Back On*

-JUSTIN! –gritei vendo aquela fumaça negra.
-EU NÃO SEI COZINHAR! –ele gritou tendo abaixar o fogo com um pedaço de pano.
-ISSO EU ESTOU VENDO! –peguei um balde de água. –JUSTIN ME AJUDA!

Justin pegou o balde de água, e em vez que jogar no fogão ele jogou em mim, fiquei toda encharcada.

-NÃO EM MIM ANIMAL! NO FOGÃO! –gritei desesperada, é hoje que eu ponho fogo na casa.
-FOI O NERVOSISMO!

Corri pegando outro balde, dessa vez foi eu quem jogou a água, sem querer acertei em Justin, a fumaça cobria minha vista.

-NÃO DESCONTA EM MIM!
-FOI SEM QUERER!

O vi correr, fiquei sem entender nada, tentei amenizar as chamas com um pano úmido.

-SAI DA FRENTE! –Justin entrou com uma mangueira molhando a casa toda.

Aquilo em deu uma raiva desgraçada, a casa toda molhada por causa dessa anta. Finalmente conseguimos apagar o fogo. Olhei para Justin cheia de nervos.

Flash Back Off*

Foi o dia que ele levou aquela surra.

-Amor, eu não sei fazer nada, só macarrão... –cortei-o.
-Justin, nem macarrão você presta para fazer, ou você deixa cru, ou você queima.
-E o prêmio de pior pessoa da face da Terra na cozinha vai para... JUSTIN BIEBER! –ri batendo palmas.
-Parabéns Justin! Você é meu ídolo.
-Obrigado pessoal! Nunca pensei que poderia receber esse prêmio, amo vocês!

Justin era um verdadeiro idiota.

O idiota que eu amava.

-Justin, olha, vamos fazer apenas uma lasanha, vê se não põe fogo na casa!
-Não espere nada de mim. –ri.

[...]

-Graças a Deus, um dia que você não colocou fogo na casa.

Já eram quase três da tarde, Justin e eu estávamos sentados em um banco sobre a sombra agradável de uma árvore, namorar debaixo de uma árvore é a mesma coisa que um sorvete gelado em um dia de verão.

-Milagres acontecem. –ri e dei um selinho nele.
-Você é incrível cantando amor.
-I’ll be looking for you.
-E você achou a quem procura?

Percebi ele dar um simpático sorriso e, em seguida, olhar em meus olhos.


-Se eu disser que não achei estarei mentindo.


Para ou Continua??
Gente, mil desculpas por não postar mais cedo, minha internet tá um cú, e meu teclado do pc uma merda, bom, eu nem to botando fé no capítulo, mais são vocês que decidem, então, o que vai ser?

24 maio 2014

One Life - Capítulo 2 - The Night



Justin’s P.O.V.

Sou grato de Deus ter colocado Caitlin em minha vida, sem ela acho que eu seria um drogado perdido na vida, preferia morrer a ficar sem ela. Eu não sei bem o que ela tinha que me fez ficar apaixonado do dia para a noite.

Flash Back On*

Caitlin estava chorando dentro da sala de dança, havia vários espelhos no local, era meio tenebroso, parecia que seu reflexo iria te agarrar e te puxar para dentro do espelho, o que seria uma prisão sem saída. Aproxime-me dela.

-Caitlin, me desculpe por ter te magoado eu... Você me entendeu errado...
-NÃO! Eu ouvi muito bem você dizendo àquela garota que você á amava. –seus soluços pareciam não terminar nunca.
-Eu disse que gostava dela e não á amava. –abaixei-me para ficar de sua altura.
-Dá na mesma merda Justin! Me esquece, eu te odeio! Você feriu meu coração.
-Caitlin, você entendeu errado, eu jamais quis lhe ferir, isso é a última coisa que eu faria na minha vida!
-Então sua vida deve acabar agora.

Não eram bem as palavras que eu queria ouvir, Caitlin se levantou e saiu correndo, fui mais rápido e peguei na sua mão, puxei-a e colei nossos corpos, olhei nos olhos dela, aquele azul penetrante que pareciam ser as águas do mar, me faziam viajar no tempo, ela era perfeita, parecia não ter nenhum defeito por dentro e muito menos por fora. Coloquei minha mão em sua nuca, atravessei meus dedos em seus cabelos, olhei para sua boca que estava entreaberta.

-Eu te amo Caitlin Victória.

Selei nossos lábios, e lá foi onde aconteceu nosso primeiro beijo e nossa primeira vez, foi um tanto estranho fazer amor no chão, meio desconfortável mais ao mesmo tempo romântico, que coisa irônica.

Flash Back Off*

Sorri lembrando-me das cenas, nunca vou me arrepender de ter roubado a bolsa de estudos da Caitlin.

-Que sorriso bobo é esse amor? –Caitlin me acordou do meu transe, havia me esquecido completamente de que estávamos no meio da minha festa.
-Lembranças...
-Boas? Ou ruins?
-Se eu disser que é ruim seria mentira. –sorri.

Dei um breve selinho nela, não vou demonstrar muita intimidade pertos dos nossos amigos, sei que Caitlin não gosta disso e não quero magoar minha princesa.

-Podem parar de melação porque eu estou de vela. –Laia fez bico e cruzou os braços.
-Está solteira porque quer, é linda e uma figura de pessoa. –Chaz segurou a mão de Laia.
-Se está tentando me cantar mocinho, tire o burrinho da chuva, sua areia não é suficiente para minha carreta.
-Com quem será... Com quem será que a Laia vai casar... Vai depender, vai depender se o Chaz vai querer... Ele aceitou, ele aceitou, tiveram dois filinhos e NÃO se separou. –cantamos todos juntos.
-Vão á merda panacas. –Chaz mandou dedo, Laia ficou vermelha de raiva
-Olha o ciúme rolando... –brinquei fazendo Caitlin rir.
-Calem a boca. –melhor não provocar Laia quando ela está com raiva, se não, é um passaporte para seu enterro.

Era quase meia noite, passamos a festa inteira dançando, comendo, bebendo e fazendo piadas uns com os outros, minhas festas de aniversário eram sempre animadas, principalmente quando fazíamos...

-VERDADE OU CONSEQUÊNCIA!

Gritei pegando a garrafa de coca-cola vazia, aquelas de vidro. Era nossa brincadeira preferida, embora seja uma idiotice completa, pegamos as almofadas colocamos no chão e sentamos no chão, coloquei a garrafa no meio.

-Quem começa? –perguntei.
-Óbvio, o aniversariante começa. –Camilla lançou um olhar malandro em mim, dava até medo.
-Ah... Tudo bem.

Girei a garrafa e rezei para que não caísse na...

-Lauren pergunta para Justin! –Chris gritou.
-Porque Deus, por quê? –ponhei a mão na cabeça, eu tava fodido.
-Verdade ou conseqüência Bieber?
-Conseqüência. –melhor ir pro mico mesmo.
-Te desafio a tirar a camisa e a calça na frente de todo mundo. –todos fizeram um ‘’Uh’’.
-Que golpe baixo é esse? –falei indignado.
-Golpe baixo o cacete, anda, não queria conseqüência? Agora arque com ela.

Desgraçada! Tirei minha camisa de uma vez, retirei meu cinto e abaixei minha calça, por sorte eu estava usando uma cueca box preta.

-Sem graça, pensei que estava usando a branca. –Lauren cruzou os braços.
-E que idéia é essa de querer ver o pau do meu homem? –Caitlin me abraçou na cintura, ela era muito ciumenta.
-Ah, qual é Caitlin, não tem nada ver, pior mesmo se eu usasse.
-Mais eu não ia deixar nem se me pagassem. –abracei a cintura de Caitlin.
-Gente! Vamos continuar antes que isso vira uma confusão. –Ryan, finalmente, abriu a boca.
-Boa idéia.

Caitlin girou a garrafa, rezei pro pior não acontecer.

-Christian e Caitlin. –suspirei aliviado, eles eram irmãos, então tudo bem.
-Irmãzinha... Verdade ou conseqüência?
-Conseqüência, com você não dá pra fazer verdade. –ri.
-Te desafio a colocar o pé no pau do Justin por três segundos.
-O QUE?
-Vai, se não responde alguma pergunta ou paga mico. –todos riam.
-Te mato ainda.

Caitlin colocou o pé em mim, contei três segundos e ela não tirou o pé, todos começaram a rir.

-Gostou tanto do meu pau amor? –falei rindo.
-Não eram dez segundos?
-Não, era só três, safadinha. –Caitlin tirou o pé de cima de mim e eu comecei a rir.
-Justin cala a boca! –ela corou e me deu um tapa no ombro.
-Vem aqui. –a puxei pro meu peitoral escondendo o rosto dela.

E assim foi a noite toda, nós fazendo essa merda de brincadeira, eram quase duas da manhã quando todos foram embora, quando Caitlin fechou a porta da sala peguei ela pela cintura e a beijei.

-O que é isso? –ela me perguntou rindo.
-Hoje é meu dia.
-Na verdade foi ontem, já são duas e pouca da manhã. –ri junto dela.
-E isso impede?
-Não, porque não tem hora para se amar.

Sorri e a beijei, um beijo calmo mais com desejo, Caitlin tinha esse poder sobre mim, chegava a ser surreal. Na verdade, era surreal. Não tinha como eu amá-la tanto, e não poder ter todos os modos do mundo para demonstrar isso, era até perturbante. Segurei-a fazendo-a entrelaçar as pernas em minha cintura, subi as escadas beijando-a, eu me perdia com a Caitlin, é como se o mundo á minha volta sumisse, era muito estranho, mais ao mesmo tempo, normal, era uma confusão danada na minha vida. Deitei-a na cama, fiquei por cima dela, nossas línguas estavam em sintonia perfeita, passei a mão por todo o corpo dela, explorei cada canto daquela obra de arte, fui tirando sua blusa devagar, ela estava com um sutiã sem alça, sorri sem mostrar os dentes, desci meus beijos para seu pescoço, fiz uma trilha e beijei seu busto, tirei o sutiã dela calmamente, Caitlin não gostava muito das coisas rápidas, só quando era necessário, para ela, tudo era devagar e lento, parecia demonstrar mais amor e mais carinho do que uma coisa rápida e que podia acabar em menos tempo. Gostávamos de nos sentir, de nos olharmos, e às vezes nos comunicarmos, deixava o momento mais romântico e prazeroso. Beijei um dos seis dela com cuidado e massageei o outro com minha mão, pude ouvir alguns gemidos baixos de Caitlin, a senti puxar meu cabelo de leve, era ótimo isso, saber que eu conseguia dar prazer a pessoa que eu mais amo na vida. Voltei a beijá-la, Caitlin estava com as mãos na barra de minha box preta, ajudei-a a tirar, meu membro já estava completamente duro, ouvi uma risada abafada de Caitlin, ri junto.

-Você adora brincar com ele não é? –falei em um tom safado.
-Sempre...

Senti suas mãos macias segurarem meu membro, Caitlin tinha mão leve, ela parecia ser até um pouco tímida fazendo isso, e nem era a primeira vez dela.

Flash Back On*

-Jus... Eu não sei o que eu faço... –ela estava tímida e um pouco assustada.
-Segura na base e faz movimentos de vai e vem.
-Assim?

Caitlin segurou na base do meu pau e fez movimentos leves, gemi como resposta, até que para uma virgem que nunca nem tinha masturbado um cara, e muito menos visto um pênis ao vivo ela era ótima.

Flash Back Off*

Gemi sentindo suas mãos fazerem movimentos rápidos e lentos também, aquilo me levava à loucura, fiquei de joelhos na cama, revirei meus olhos e arfei seguido de um gemido rouco, senti minhas veias engrossarem, puxei-a para um beijo, subi em cima dela e tirei seu short de uma vez, dei alguns beijinhos em sua coxa e passei meus dedos por cima de sua calcinha que a fez jogar o corpo para trás e dar um gemido baixo, sorri como resposta, abaixei a calcinha dela e joguei em um canto qualquer do quarto. Sorri para ela, fiz uma trilha de beijos, primeiro as coxas, desci para sua virilha até chegar em sua amiguinha, dei alguns beijinhos por lá e penetrei minha língua, ouvi um gemido abafado como resposta, lambi ela de baixo para cima.

-JUSTIN! –a ouvi gemer meu nome, isso sempre me dava mais prazer.

Dei um risinho abafado e continuei meu serviço, penetrei dois dedos enquanto eu a chupava lhe arrancando suspiros e gemidos era fácil fazer Caitlin gozar, eu só tinha que achar seu ponto mais sensível, foi o que eu fiz, e em menos de segundos ela gozou em meus dedos, suguei-os e voltei a beijá-la.

-Eu te amo amor... –sussurrei, e a penetrei devagar.

Fiz movimentos lentos, por enquanto, era quase impossível me controlar com a Caitlin, ela me fazia sair do mundo, era uma loucura! Percebi que ela queria que eu fizesse movimentos mais rápidos, e claro, foi o que eu fiz. Nossos corpos se chocavam fazendo um barulho alto, meu corpo já pingava suor assim como o de Caitlin, e o único som  que se ouvia era de nossos gemidos, senti-a arranhar minhas costas ferindo-as, beijei ela para abafar os gemidos, mais nossa respiração era pouca e nosso desejo era mais alto. Inverti as posições, coloquei ela em cima de mim, fiz com que ela se encaixar-se perfeitamente em mim, segurei em sua cintura e fiz ela pular em meu membro que estava pulsando por ela. Sua vagina mastigava meu pau me fazendo dar gemidos roucos, segurei na bunda dela e fiz ela rebolar com vontade, meu pau latejava e minhas veias estavam bem amostras, estava chegando no meu orgasmo, fiquei por cima dela novamente, dei mais algumas entocadas rápidas e fortes, gemi alto, gozei junto dela, tombei ao seu lado e ficamos em silêncio recuperando o fôlego que parecia nem existir mais.

-Perfeita como sempre. –coloquei-a em cima do meu peitoral.
-Jus... Não fala nada... –vergonha alheia, isso me fazia rir.
-Vergonhosa... Boa noite. –beijei sua testa e nos cobrimos.

Caitlin tinha dois lados, um de menina e outro de mulher, e o que eu mais gostava, ela sabia bem, quando usar esses lados.


Não quero que ela perca isso nunca.

Quantos comentários??
Nunca fiquei tão sem criatividade kkk Gente obrigado por lerem e pelos elogios no Wapp, sério , sem vocês eu não sou nada <3 Eu nem to botando fé nesse capítulo, mais o quie vocês acharam?

22 maio 2014

One Life - Capítulo 1 - Happy Birthday To You



Caitlin’s P.O.V.

-Justin! Não! –gargalhei quando Justin derrubou a farinha em cima de seus supras novos.
-Caitlin! Meus sapatos novos! Ganhei ontem mesmo! –ele fez cara de sofrido, isso o deixa sexy!
-Não faça essa cara Justin!
-Qual essa? –desta vez ele travou o maxilar, filho da mãe gostoso!
-Idiota! –dei um tapinha em seu ombro.

Justin era simplesmente uma comédia fazendo bolo, ele sempre fazia algo de errado, ou derrubava os ovos, derrubava a farinha, derramava o leite, se sujava, me sujava, ou deixava o bolo queimar, acho que quando Justin morava sozinho ele colocava fogo na própria casa, porque ele é um caso perdido na cozinha. Não sei como me apaixonei por ele, me lembro do dia em que nos conhecemos.

Flash Back On*

Era uma manhã normal, em um dia normal, bem quase normal, porque eu, Caitlin Victoria vou para a FACULDADE! Era um dos meus sonhos fazer faculdade, e eu trabalhei duro por isto, e ainda consegui uma bolsa de estudos, este dia não poderia ficar melhor. Peguei meu carro e fui para a faculdade ao som de She Looks So Perfect, era meu primeiro dia, estava ansiosa e nervosa ao mesmo tempo, a faculdade não ficava muito longe de minha casa, estacionei em uma área vaga, peguei minha bolsa, fiz um coque bagunçado e retoquei o batom bordô. Me dirigi até a secretaria para confirmar minha bolsa, quando entro na sala me deparo com um cara loiro, ele estava de costas para mim e apertando a mão da diretora Stela.

-Bom dia Victória. –Stela se dirigiu a mim e o loiro virou-se me olhando dos pés a cabeça, fiquei paralisada por um segundo, ele mordia os lábios de forma sexy e seus olhos castanho mel pareciam me devorar.
-Oh! Bom dia Srta. Dark. –sai do meu pensamento.
-Caitlin, este é Justin, ele vai estudar com você.
-Muito prazer Caitlin –sua voz rouca soou como música para meus ouvidos. Arrepiei assim que toquei sua mão.
-Igualmente Justin. –tentei ser mais simpática possível.
-Caitlin, preciso falar com você. –Stela pegou alguns papéis de sua mesa e os ajeitou em um canto.
-Stela eu vim pegar a minha bolsa de estudos e... –ela me cortou.
-E é exatamente disto que eu quero falar com você.
-Aconteceu alguma coisa? –fui simpática, mais tenho a leve impressão de que não devia ter sido.
-Sim... Infelizmente você perdeu a bolsa. –travei.
-Co-como assim? Eu fui a última a me inscrever na faculdade e... –ela me cortou de novo.
-Na verdade o Justin foi o último a se inscrever, então a bolsa passa automaticamente para ele. –aquela sensação que eu tinha pelo Justin desapareceu agora eu só enxergava ódio sobre ele, por um instante desejei que um meteoro caísse em cima dele.

Olhei Justin com ódio sai da sala batendo a porta com força, andei pelo corredor tentando achar minha sala, aquela faculdade parecia mais um labirinto.

-CAITLIN! –ouvi a voz rouca gritar meu nome, era ele. Virei-me para ele.
-O que você quer? –fui fria, ou pelo menos tentei.
-Me desculpe eu não sabia dessa bolsa. –bufei e olhei em seus olhos.
-Eu te odeio Justin.

Flash Back Off*

Meu coração havia disparado no primeiro segundo em que coloquei os olhos em Justin, seria este o tal ‘’amor á primeira vista’’? Acho que comigo foi assim.

-Caitlin, posso saber o porquê estamos fazendo esse bolo? –Justin era um completo esquecido.
-Ah... Nada amor, só quero que agente cozinhe junto sabe? –menti.
-Sei não viu... Desconfio de você. –ele mantinha um sorriso nos lábios.
-Amor? Você está desconfiando de mim? –o abracei por trás e beijei sua nuca.
-Você é uma caixinha de surpresas Caitlin, não tem como não desconfiar de você. –ele riu e ficou de frente para mim, selei nossos lábios.
-E você é um sonho. –sorri.
-Eu sei. –Justin passou a mão entre os cabelos, meu Deus, que homem.
-Nem é convencido minha gente, nem... –rimos juntos.

Abracei Justin pelo pescoço e o beijei novamente, os lábios dele parecem ser pétalas de rosas, sua pele parece algodão, seus olhos parecem os raios de sol e seu cabelo parece ouro refletido á luz. Eu não sei como ele conseguia existir, era tão perfeito.

-Vamos terminar de fazer o bolo, depois eu limpo seu tênis. –dei o último selinho.
-Vou colocar fogo na casa amor.
-Comigo é diferente bobo. –pisquei.

[...]

Finalmente depois de anos... Conseguimos colocar a massa no forno. Estava na hora de colocar meu plano em ação. Liguei para Christian.

-Caitlin? O que houve irmãzinha?
-Calma seu tonto, está tudo em ordem, agora só temos que tirar o Justin de casa.
-Agora?
-Sim, acabamos de colocar o bolo no forno, olha enrola ele, só o deixe voltar as 8h00m entendeu?
-Sim senhora.
-Tudo bem, venham buscá-lo e haja naturalmente...

Desliguei o telefone, estava no quarto longe do Justin, desci e não o encontrei.

-AMOR? –chamei-o.
-ESTOU NO JARDIM!

Sai lá fora e encontrei Justin aparando a grama. Meu Deus, ele estava sem camisa, completamente suado e com alguns fiapos de grama grudados em seu corpo, suas tatuagens estavam á mostra, não teve como não me perder naquela visão do paraíso. Voltei á realidade.

-Justin, limpe-se, seus amigos estão vindo, eles querem sair com você. –andei até ele, senti o cheiro de grama cortada e pude sentir o calor de seu corpo de longe.
-Sério amor? Eu estava planejando a noite só para nós hoje. –um sorriso pervertido surgiu em seus lábios.
-Oh, viciado em sexo, está tudo bem, temos a vida toda pela frente. –ri e o beijei.
-Mesmo amor? Não quero que se aborreça.
-Eu concordei Justin, e eu vou chamar as garotas para ficar comigo enquanto você se diverte você precisa sair mais, olha sua palidez, ta mais branco que a parede do banheiro. –ri da minha comparação.
-Oh, e você é a Branca de Neve amor.
-Porque sou branca? –fiz cara de óbvio.
-Não.
-Porque então?
-Porque você é uma princesa.

Sorri e o beijei, Justin era um verdadeiro príncipe, eu nem sei se eu o merecia, ele era perfeito demais para uma garota simples como eu. Justin segurou em minha cintura e me colocou contra seu corpo suado, senti seus dedos atravessarem meus cabelos atrás da nuca, o barulho de nossos beijos parecia música, uma sintonia perfeita de amor, desejo e paixão. Segurei em seus cabelos e brinquei com sua língua.

-Se for para se comerem, se comam dentro de casa pelo menos não é? –fomos surpreendidos pelos garotos, paramos de nos beijar.
-Cala a boca Chaz. –Justin mandou dedo para eles, corei e escondi meu rosto em seu peitoral.
-Anda seu gay, vai se lavar e vestir uma roupa descente. –Chris reclamou empurrando Justin.
-Vão me levar aonde? No putero do centro da cidade? –ri do comentário de Justin.
-Não né. –Christian me agarrou pelo braço e eu o abracei bem forte, ele é meu irmão mais velho, um tanto brincalhão mais irônico.
-Vai logo amor, não aborreça seus amigos. –soltei-me de Christian e dei um selinho nele.
-Sim senhora.

Os garotos empurraram Justin para dentro de casa, sentei-me na cadeira de balanço que o Justin fez para mim, balancei-me e fingi que estava voando, eu adoro fazer isso, mesmo me sentindo uma completa criança, mais quem não gosta de reviver a infância novamente? Fiquei dando risadas que nem uma besta coloquei meus fones e coloquei a música Let’s Do It Again, essa música me lembrava um pouquinho o Justin, acho que é porque eu e ele fizemos uma viagem á Bahamas e fomos o caminho todo escutando essa música e Justin foi cantando do meu lado. Balancei o mais alto possível e jóquei minha cabeça para trás, ri sozinha.

-Está drogada Caitlin? –os garotos apareceram e eu, mais uma vez, morri de vergonha.
-Ah... Não... –fiquei meio sem jeito.
-Deixem ela em paz, ela é minha! –Justin sorriu se aproximou de mim e me beijou.
-Divirta-se amor. –retribui o sorriso.
-Fique bem.

Os garotos colocaram Justin no carro e saíram, era a hora de começar a preparar as coisas, liguei para Lauren.

-Lauren! Cadê a Camilla e a Laia? –perguntei preocupada.
-Calminha Caitlin, ele saiu que horas?
-Agora mesmo.
-Então já estamos indo, vai preparando as coisas e deixa que a Laia e eu cuidamos do bolo.
-Tudo bem, venham bem rápido, pelo amor de Deus, nada pode dar errado. –estava agitada.
-Não se preocupe tudo vai dar certo.

Ri e desliguei o telefone, corri para dentro de casa, subi no quarto e tirei a caixa de debaixo da cama, não sei como Justin não mexeu ali, do jeito que ele é curioso. Levei a caixa lá para baixo, era grande mais não era pesada, peguei algumas fitas adesivas, subi em cima da cadeira para colar as letras, mais eu não conseguia alcançar, ouvi a porta abrir. Eram elas.

-Lauren! Ajuda-me aqui! Segura a escada, por favor.
-Mais não sabe nem se virar sozinha Caitlin. –ela riu.
-Cala a boca, e segura, se eu cair a culpa é sua estrupício. –consegui colar as letras ‘’Parabéns’’. –Laia tira o bolo do forno, coloca no congelador e coloca os recheios que estão prontos na geladeira.
-Deixa comigo. A decoração vai ficar a cara do Justin.
-Por favor, nada muito chamativo! Justin não é muito fã disso. –segurei as letras ‘’Justin’’.
-Sem graça.
-A culpa não é minha, olha só cobre o bolo de branco e faz as letras com calda de chocolate. –tirei um pedaço de fita com os dentes.
-Caitlin, cadê os canhões de serpentina? –Lauren me ajudou a descer.
-Estão dentro da caixa, me ajuda a arrumar a mesa, Camilla, faz alguns doces e coloca na mesa
-Vou fazer torta de amora. –sempre torta de amora.
-Ah... Tudo bem.

Lauren e eu arrumamos a sala inteira, eu só queria ver a cara do Justin quando ele ver tudo isso, ele também é bem esquecido das idéias, então com certeza seria uma surpresa e tanto. Conseguimos arrumar tudo em uma hora, era quase 07h30m, terminou mais cedo que eu previa, o bolo estava pronto e guardado na geladeira.

-Agora todas vão para os banheiros da casa, tomem banho e se arrumem.

Corremos, meu banho não demorou muito, coloquei um vestidinho solto branco com alguns detalhes brilhantes na barra, uma rasteirinha também branca com um detalhe de borboleta na corrente do sapato, arrumei meu cabelo e passei lápis e rímel, Justin não gosta de muita maquiagem. Nos encontramos lá em baixo.

-Ai que horas são? –perguntei com aquele frio no estômago
-São 07h55m, acalme-se Caitlin, tudo vai dar certo, acho que só pela surpresa ele vai gostar.
-Tomara Camilla.
-Aqui está o bolo. –Laia colocou o bolo em cima da mesa, em cima do bolo tenha vinte e uma velas.
-Ótimo ai caramba já é 08h00m! –meu coração disparou.
 -Apaguem as luzes. Camilla fica de olho na brecha da janela para ver se eles estão vindo.

Corri pela casa apagando todas as luzes que eu via pela frente, estava nervosa, peguei as lanternas, pulseiras neon e deixamos o pequeno som no jeito.

-Eles estão vindo!

Corremos e nos escondemos, eu só estava esperando para ver a cara do Justin, ele com certeza ia tomar um susto daqueles. Ouvi a porta ser aberta e ficou o silêncio por alguns segundos, até que a luz foi acesa.

-SURPRESA!

Justin tomou um susto e tanto cheguei a rir da cara dele, era seu aniversário de vinte e um anos.

-CAITLIN! Quer me matar de infarto? –ri e beijei-o.
-Parabéns amor.

Ascendemos as velas e começamos a cantar. Quando Justin assoprou as velas todos gritaram junto de mim. Ele tinha aquele sorriso perfeito nos lábios. Era como se fosse um simpático ‘’obrigado pela surpresa’’.

Realmente é uma bela surpresa

Quantos comentários??Se acharam ruim podem falar, eu não to botando fé kk

19 maio 2014

Prohibited Love - Último Capítulo - Prohibited Love

Forever And Ever

5 anos depois

Jennet´s P.O.V.

-Mamãe, quem é esse?

Sorri fraco olhando para o porta-retrato, onde continha uma foto minha e de Justin, não acredito que aquele babaca não estava aqui para ver tudo isso.

-Ele é seu pai minha querida. –me agachei para ficar do tamanho de Miley.
-Mais onde ele está mamãe? –aquilo me doía o coração.
-Ele está descansando filha. –peguei o porta-retrato de um lado e ela do outro.
-Descansando de que mamãe? Eu nunca vi o papai, e na foto ele é tão bonitinho.

Uma lágrima escorreu, não acredito que já se passaram CINCO anos, ele ainda estava deitado naquela maldita cama em coma irreversível, várias vezes me perguntaram se poderiam desligar os aparelhos porque as chances dele acordar já eram menos do que mínimas, e eu sempre respondia ‘’não’’. Se Justin não desistiu de mim quando eu mais precisei, então eu não irei desistir dele agora quando ELE está precisando. Eu olhava para Miley e me lembrava do Justin, ela era a cara dele, acho que só servi para ficar nove meses gorda.

-Ele está descansando para poder brincar com você depois meu amor, ele precisa de muita energia para brincar com você. –enxuguei minhas lágrimas.
-Tomara que ele acorde logo, eu quero ver meu papai, quero abraçar ele e dar um beijo nele.
-Eu também meu amor. Eu também.

Fiquei observando o porta-retrato, me vieram as imagens de Justin em minha cabeça... O seu olhar penetrante... Seus toques suaves... Sua voz enrouquecida... Seu beijo molhado... Seu sorriso... Seus lábios macios como pétalas de rosas... Justin era minha droga, ele era viciante, mais viciante que entorpecentes. Eu não acredito que talvez eu nunca mais o sinta que talvez eu nunca mais o veja sorrindo com seus dentes brancos e bem alinhados, talvez nunca mais olhe em seus olhos e me perca naquele castanho mel, talvez nunca mais ouça sua voz. Eu temia todos os dias não ter que ouvir ‘’sinto muito, Justin Bieber acaba de falecer’’. As palavras em minha mente me faziam arrepiar e um vazio dentro do meu coração surgir, sem o Justin, acho que eu não tinha mais razão de viver, não teria mais o que sonhar, acho que a morte seria meu único caminho. Sai dos meus pensamentos e guardei novamente o porta-retrato naquela estante empoeirada, admirei-o por alguns segundos e dei um risinho abafado lembrando algumas coisas idiotas que ele fazia.

-Mamãe, to com fome. –Miley me fez ‘acordar’.
-Já está na hora do almoço minha querida, venha comer um pouco, depois vamos ver um pouco de TV juntas, hoje vai passar O Gigante de Ferro, lembra? –peguei aquele mine projeto de gente no colo.
-É verdade... VAMOS COMER! –ri.

Coloquei Miley em sua cadeira alta, ponhei um pouco de lasanha em seu pratinho de plástico com a imagem de alguns ursinhos no fundo.

-Coma tudo minha princesa. –beijei o topo de sua cabeça, os cabelos de Miley eram loiros castanhos iguais ao de Justin

Estava sem fome, eu não comia muito desde o dia em que eu soube que o Justin entrou em coma, Alice chegou a ficar comigo por um ano, eu não me cuidava direito e com certeza não conseguia cuidar da Miley, cheguei a ficar com desidratação, fui parar no hospital não sei quantas vezes, dei alguns sinais de depressão e comecei a me cortar. Mais depois de um tempo eu comecei a pensar mais no Justin do que em mim, me concentrei em cuidar da Miley e de mim mesma, nunca levei a Miley ao hospital para ver o pai, tinha medo de que ela pudesse compreender mal e acabar ficando com algum problema psicológico, mais eu, sempre que podia, visitava o Justin, ele continuava o mesmo, sempre cheio de fios e tubos que levavam oxigênio até ele, sempre rezava ao lado dele na esperança dele poder me ouvir e abrir os olhos e mostrar ao mundo que tudo é possível se você ter fé e acreditar. Fui até a sala, peguei o porta-retrato novamente, admirei a fotografia, eu não sabia se chorava ou se sorria vendo a foto, parecia que era EU que estava em meio á uma escuridão, deixei algumas gotas de lágrima caírem no porta-retrato.

-Mãe, acabei! –Miley apareceu correndo na sala, limpei minhas lágrimas rapidamente.
-Tudo minha filha? –dei um sorriso um tanto falso.
-Tudo mamãe! Posso ver o filme?
-Claro que pode. –ri e entreguei o controle á ela.

Eu não estava com a mínima vontade de largar aquela foto, era como se fosse um tesouro que valia milhões, na verdade, mais do que milhões.

Valia mais do que uma vida.

Concentrei-me na foto e no sorriso que o Justin continha nos lábios, ele era tão perfeito, talvez não fosse perfeito por dentro, mais por fora, ele parecia ser uma obra de arte que ganhou vida, um anjo que caiu do céu, e ele teve que cair justamente em meus braços. Sorri feito uma boba vendo a foto, me pergunto se isto é realmente normal. Quando estava pronta para guardar o porta-retrato meu celular tocou, era Alice.

-JENNET! –a voz dela estava trêmula.
-Alice? O que houve?

Arregalei meus olhos, e deixei o porta-retrato cair no chão fazendo ele se quebrar em vários pedaços, grandes e finos. Várias lágrimas surgiram em meus olhos.

Não acredito que isso realmente aconteceu.

Justin´s P.O.V.

Eu não sabia bem, para mim eu estava morto. Minha mente gritava meu corpo não se movia, eu tentava de tudo, mais de nada adiantava, algo parecia pesar em cima de mim, como uma pedra me esmagando, meu corpo estava morrendo aos poucos, minha cabeça pesava mais de cem quilos, para mim. Eu não sabia se estava cociente ou inconsciente, tudo estava confuso, eu conseguia ouvir algumas vozes, mais não era sempre, sempre ouvia palavras estranhas como ‘’desligar’’, ‘’morrer’’, ‘’esperanças’’. Mais a palavra que eu mais ouvia era um ‘’NÃO’’. Sempre dito de forma firme e confiante. Aquilo me intrigava, porque eu conseguia ouvir essas palavras mais não conseguia fazer outra coisa? Parecia ser um pesadelo, a escuridão sempre ficava presa aos meus olhos, parecia ser a morte, esperando o momento certo para me levar, mais eu nunca deixei ela me levar. Tentei ser forte o bastante para me livrar da escuridão, tentei abrir meus olhos, mais só o ato de querer abri-los fazia minha cabeça latejar e doer como nunca, sentia como se tivessem acertado uma pedra em minha cabeça. Tentei mais uma vez, consegui abrir um mísero milímetro e uma luz forte invadiu minha visão, fechei meus olhos com força, o que fez minha cabeça doer novamente, comecei a tomar sentido de algumas partes de meu corpo, senti um movimento em minha volta, era assustador. Esperei aquela estranha movimentação passar, eu não conseguia abrir meus olhos, tudo em minha volta doía, mais uma parte de mim gritava ‘’VAMOS JUSTIN, SEJA FORTE’’. Tentei abrir meus olhos, e mais uma vez àquele tenebroso clareado invadiu minha vista, mais desta vez consegui suportar, pisquei meus olhos para aliviar um pouco a dor que ainda invadia minha cabeça, foi quando tive a visão de uma garotinha de lindos cabelos longos louros castanhos, olhos cor de mel, pele branca feito a neve e a boca delicadamente rosada, ela parecia ter entre quatro e cinco anos de idade, e o mais espantoso, ela se parecia comigo, eu não entendi muito bem o que estava acontecendo, foi quando vi ela. Seus longos cabelos morenos, seus olhos castanho escuros, sua boca delicadamente desenhada e seu rosto perfeitamente esculpido. Jennet Mackenzie.

-Justin... –a voz dela estava trêmula, seus olhos estavam encharcados, eu não estava entendendo nada, Jennet me deu um abraço apertado.
-Jennet... –minha voz soou fraca.

Aquela criancinha me olhava espantada, e eu tinha uma leve impressão de que eu já a conhecia. Ela se aproximou de mim e esticou sua pequena mão, levantei minha mão com um pouco de dificuldade, foi quando nossas mãos se encontraram uma com a outra, senti um leve choque percorrer meu corpo, e a menininha arregalou seus olhos cor de mel.

-Papai? –aquelas palavras me fizeram congelar, como assim? Eu... Não é possível.
-Filha? –falei sem acreditar, da última vez que vi a Miley ela estava dentro da barriga de Jennet, e sim, eu lembro o nome dela.

Ela se aproximou de mim e tocou suas delicadas mãos em meu rosto, deixei uma lágrima cair, aquilo me espantou, Miley estava tão grande, ela era linda.

-Justin, você se lembra da sua filha Miley? –Jennet segurou minha mão.
-Lembro mais da última vez que a vi... Ela estava dentro de sua barriga... Como...

A porta daquele quarto, o que me parecia ser mais um hospital, abriu e uma mulher loira usando um jaleco branco se aproximou de mim.

-Olá Justin, sou Isabella, sua médica, vou lhe fazer algumas perguntas, veja se consegue se lembrar. –aquilo estava estranho e confuso, como assim ‘’me lembrar’’? –Você sabe seu nome completo?
-Justin Drew Bieber. –respondi como se fosse óbvio.
-Sabe quando nasceu?
-Primeiro de março de noventa e quatro. –aquilo já estava me enjoando.
-Em que ano estamos?
-Dois mil e quatorze. –observei Jennet rir. –Qual o problema?
-Na verdade estamos em dois mil e dezenove. Você acabou de acordar de um coma irreversível, que por milagre durou apenas cinco anos. –arregalei meus olhos.
-Isso quer dizer que eu já estou com vinte e seis anos?
-Sim Justin, e nossa Miley já está com cinco anos. –olhei bem para Miley e sorri.
-Não acredito que fiquei ausente por cinco anos, eu nem vi minha pequena crescer. –acariciei os cabelos sedosos de Miley.
-Você não teve culpa, você estava em coma, e não foi culpa de ninguém, o importante é que você está bem. –senti seus lábios sedosos tocar os meus não acredito que fiquei cinco anos sem sentir seus lábios delicados nos meus.
-Pai... Você vai brincar comigo? A mamãe disse que você estava descansando para brincar comigo, isso era verdade não é? –ela fez um biquinho irresistível, sorri de orelha á orelha.
-Sim filha, isso é verdade, eu já dormi bastante, e agora eu acordei só para brincar com você meu amor. –tive força suficiente para colocar Miley em meu colo, beijei seu rosto que parecia um algodão de tão macio.
-Eu nunca te vi papai, você é tão lindo... Seus olhos são iguais aos meus, seu cabelo também, seu nariz... Menos minha boquinha que é igual da mamãe. –foi impossível não abrir um sorriso.
-Você é muito linda filha, parece uma princesa, e você é minha cara.
-Só servi para parir mesmo. –Jennet cochichou.
-Deixa de besteira. –ri. Ela não havia mudado nada MESMO!

Fiquei curtindo MINHA família, eu não acredito, eu durmo por cinco anos e quando acordo vejo as pessoas que eu mais amo nesse mundo, Miley era uma boneca, ela havia pegado o celular de Jennet e tirado fotos comigo, cada uma delas fazendo caretas, eu ria a cada foto que ela tirava, Jennet sorria e dava algumas risadas, minha ficha ainda não tinha caído, eu estava segurando MINHA filha nos meus braços, era como se eu estivesse em outro mundo, um mundo mais delicado, e eu estava cociente de que a partir de agora, eu terei uma nova vida. A porta do quarto se abriu novamente.

-Senhor Bieber, o senhor tem visitas. –senhor o caralho, ainda sou novo.
-Finalmente a bicha loira acordou! Trouxe balões de boas vindas. –Christian entrou com vários balões coloridos na sala.
-Gazela! Acordou! Trouxe flores para você amor. –Ryan estava com um buquê de rosas brancas.
-Só vim te ver. –Chaz se sentou na cadeira reclinável.

Tampei os ouvidos da Miley.

-Bando de viado corno! –mandei dedo para os três.
-Imagino a educação que você vai dar á sua filha Justin. –Alice entrou na sala, e para minha surpresa, seu cabelo estava pintado de rosa claro.
-Alice? É você mesma? Cadê a loira burra de sempre? –falei rindo.
-Olha só quem diz idiota. –ela me mandou dedo.
-Rebeldia...
-Soul Rebel babe!

Eu e Jennet se olhamos e caímos na risada. Cinco anos inativo, devo ter perdido muita coisa.

Muita coisa mesmo.

Jennet´s P.O.V.

Eu não conseguia acreditar, as chances de Justin eram praticamente zero, mais quando eu atendo o celular recebo a notícia de que ‘’Justin acordou’’, e quando ele abriu seus olhos, que confesso, não lembrava mais de sua cor penetrante, eu não consegui acreditar. Ele estava bem, estava vivo, estava ali. E logo depois de acordar ele já deu aquele sorriso perfeito que só ele tem, eu não consegui controlar minhas emoções, parecia ser muita coisa para minha cabeça.

-Pai! Pai! O tiú Christian disse que você é chato.
-Ah, tio Christian é um bocó. –Justin o fuzilou com os olhos, ri da situação.
-Só disse a verdade cara, sua filha precisa te conhecer.
-Mais a deixe descobrir sozinha. Não liga pro tio Christian filha, ele é bobo e não sabe o que fala. –Justin beijou a testa de Miley.
-Quando você vai embora daqui? Já cansei de ficar aqui? –Alice reclamou colocando os pés em cima da mesinha que havia no quarto.
-Oh, revoltada, ele deve ter alta hoje mesmo. Depende do estado de saúde dele. –falei impaciente.
-Ótimo, não agüento mais ficar vindo nesse hospital quase todo dia da semana.

Ri, com certeza Justin teria que saber de muitas coisas.

[...]

No outro dia Justin recebeu alta, ele estava andando um pouco engraçado, acho que estava se acostumando a ficar de pé.

-Puta que pariu que fome. –olhei pro Justin e dei um tapa em seu ombro.
-Não xinga perto da sua filha sua anta.
-Briga de casal, cadê meu cafezinho? –Chaz revirou os olhos.
-Chaz, tem uma cafeteria bem ali olha. –Justin apontou e todos caíram na risada.
-Vai se ferrar cara.
-Já me ferrei, acabei de acordar de um coma.
-Isso na verdade tem outro nome, e se chama, tomar no cú.

Rimos, as piadas irônicas de Alice eram as melhores.

-E agora? –Justin perguntou meio confuso.
-Todos vamos para nossos cantou e quem sabe, hoje a noite podemos nos encontrar? Soube que vai rolar uma festinha por aqui... –Ryan olhou para cada um de nós.
-Sinto muito Ryan, sou um homem de família agora, e tenho que recuperar um bom tempo perdido com minha família. –Justin me olhou seguido de um sorriso, retribui com um selinho.
-Tudo bem paizão, agente se vê algum dia.

Todos nós nos despedimos, Justin e eu fomos até um parque com Miley, o clima estava agradável, com certeza o outono estava próximo, a paisagem alaranjada, folhas caindo lentamente, a grama esverdeada com um toque de marrom, o vento soprava gelado, mais nada que alguns agasalhos impedissem o frio de nos atrapalhar. Justin e eu sentamos debaixo de uma árvore com uma sombra fraca, Miley brincava com algumas folhas que estavam no chão, pegando-as em suas mãos e jogando para cima. Sentei com as costas apoiadas no peitoral dele.

-Justin...?
-Jennet...?
-Eu te amo. –falei olhando ele de canto.
-Você se apaixonou pelo Justin ou pelo criminoso?
-Acho que os dois, sem o Justin não existira o criminoso e sem o criminoso não existiria o Justin.

Ele sorriu.

-Justin, qual foi seu pior crime?

Vi ele sorrir de orelha a orelha, em seguida me fazendo virar e encarar seus olhos selei nossos lábios.

-Meu pior crime? Amar demais alguém proibido.

The End...?