19 maio 2014

Prohibited Love - Último Capítulo - Prohibited Love

Forever And Ever

5 anos depois

Jennet´s P.O.V.

-Mamãe, quem é esse?

Sorri fraco olhando para o porta-retrato, onde continha uma foto minha e de Justin, não acredito que aquele babaca não estava aqui para ver tudo isso.

-Ele é seu pai minha querida. –me agachei para ficar do tamanho de Miley.
-Mais onde ele está mamãe? –aquilo me doía o coração.
-Ele está descansando filha. –peguei o porta-retrato de um lado e ela do outro.
-Descansando de que mamãe? Eu nunca vi o papai, e na foto ele é tão bonitinho.

Uma lágrima escorreu, não acredito que já se passaram CINCO anos, ele ainda estava deitado naquela maldita cama em coma irreversível, várias vezes me perguntaram se poderiam desligar os aparelhos porque as chances dele acordar já eram menos do que mínimas, e eu sempre respondia ‘’não’’. Se Justin não desistiu de mim quando eu mais precisei, então eu não irei desistir dele agora quando ELE está precisando. Eu olhava para Miley e me lembrava do Justin, ela era a cara dele, acho que só servi para ficar nove meses gorda.

-Ele está descansando para poder brincar com você depois meu amor, ele precisa de muita energia para brincar com você. –enxuguei minhas lágrimas.
-Tomara que ele acorde logo, eu quero ver meu papai, quero abraçar ele e dar um beijo nele.
-Eu também meu amor. Eu também.

Fiquei observando o porta-retrato, me vieram as imagens de Justin em minha cabeça... O seu olhar penetrante... Seus toques suaves... Sua voz enrouquecida... Seu beijo molhado... Seu sorriso... Seus lábios macios como pétalas de rosas... Justin era minha droga, ele era viciante, mais viciante que entorpecentes. Eu não acredito que talvez eu nunca mais o sinta que talvez eu nunca mais o veja sorrindo com seus dentes brancos e bem alinhados, talvez nunca mais olhe em seus olhos e me perca naquele castanho mel, talvez nunca mais ouça sua voz. Eu temia todos os dias não ter que ouvir ‘’sinto muito, Justin Bieber acaba de falecer’’. As palavras em minha mente me faziam arrepiar e um vazio dentro do meu coração surgir, sem o Justin, acho que eu não tinha mais razão de viver, não teria mais o que sonhar, acho que a morte seria meu único caminho. Sai dos meus pensamentos e guardei novamente o porta-retrato naquela estante empoeirada, admirei-o por alguns segundos e dei um risinho abafado lembrando algumas coisas idiotas que ele fazia.

-Mamãe, to com fome. –Miley me fez ‘acordar’.
-Já está na hora do almoço minha querida, venha comer um pouco, depois vamos ver um pouco de TV juntas, hoje vai passar O Gigante de Ferro, lembra? –peguei aquele mine projeto de gente no colo.
-É verdade... VAMOS COMER! –ri.

Coloquei Miley em sua cadeira alta, ponhei um pouco de lasanha em seu pratinho de plástico com a imagem de alguns ursinhos no fundo.

-Coma tudo minha princesa. –beijei o topo de sua cabeça, os cabelos de Miley eram loiros castanhos iguais ao de Justin

Estava sem fome, eu não comia muito desde o dia em que eu soube que o Justin entrou em coma, Alice chegou a ficar comigo por um ano, eu não me cuidava direito e com certeza não conseguia cuidar da Miley, cheguei a ficar com desidratação, fui parar no hospital não sei quantas vezes, dei alguns sinais de depressão e comecei a me cortar. Mais depois de um tempo eu comecei a pensar mais no Justin do que em mim, me concentrei em cuidar da Miley e de mim mesma, nunca levei a Miley ao hospital para ver o pai, tinha medo de que ela pudesse compreender mal e acabar ficando com algum problema psicológico, mais eu, sempre que podia, visitava o Justin, ele continuava o mesmo, sempre cheio de fios e tubos que levavam oxigênio até ele, sempre rezava ao lado dele na esperança dele poder me ouvir e abrir os olhos e mostrar ao mundo que tudo é possível se você ter fé e acreditar. Fui até a sala, peguei o porta-retrato novamente, admirei a fotografia, eu não sabia se chorava ou se sorria vendo a foto, parecia que era EU que estava em meio á uma escuridão, deixei algumas gotas de lágrima caírem no porta-retrato.

-Mãe, acabei! –Miley apareceu correndo na sala, limpei minhas lágrimas rapidamente.
-Tudo minha filha? –dei um sorriso um tanto falso.
-Tudo mamãe! Posso ver o filme?
-Claro que pode. –ri e entreguei o controle á ela.

Eu não estava com a mínima vontade de largar aquela foto, era como se fosse um tesouro que valia milhões, na verdade, mais do que milhões.

Valia mais do que uma vida.

Concentrei-me na foto e no sorriso que o Justin continha nos lábios, ele era tão perfeito, talvez não fosse perfeito por dentro, mais por fora, ele parecia ser uma obra de arte que ganhou vida, um anjo que caiu do céu, e ele teve que cair justamente em meus braços. Sorri feito uma boba vendo a foto, me pergunto se isto é realmente normal. Quando estava pronta para guardar o porta-retrato meu celular tocou, era Alice.

-JENNET! –a voz dela estava trêmula.
-Alice? O que houve?

Arregalei meus olhos, e deixei o porta-retrato cair no chão fazendo ele se quebrar em vários pedaços, grandes e finos. Várias lágrimas surgiram em meus olhos.

Não acredito que isso realmente aconteceu.

Justin´s P.O.V.

Eu não sabia bem, para mim eu estava morto. Minha mente gritava meu corpo não se movia, eu tentava de tudo, mais de nada adiantava, algo parecia pesar em cima de mim, como uma pedra me esmagando, meu corpo estava morrendo aos poucos, minha cabeça pesava mais de cem quilos, para mim. Eu não sabia se estava cociente ou inconsciente, tudo estava confuso, eu conseguia ouvir algumas vozes, mais não era sempre, sempre ouvia palavras estranhas como ‘’desligar’’, ‘’morrer’’, ‘’esperanças’’. Mais a palavra que eu mais ouvia era um ‘’NÃO’’. Sempre dito de forma firme e confiante. Aquilo me intrigava, porque eu conseguia ouvir essas palavras mais não conseguia fazer outra coisa? Parecia ser um pesadelo, a escuridão sempre ficava presa aos meus olhos, parecia ser a morte, esperando o momento certo para me levar, mais eu nunca deixei ela me levar. Tentei ser forte o bastante para me livrar da escuridão, tentei abrir meus olhos, mais só o ato de querer abri-los fazia minha cabeça latejar e doer como nunca, sentia como se tivessem acertado uma pedra em minha cabeça. Tentei mais uma vez, consegui abrir um mísero milímetro e uma luz forte invadiu minha visão, fechei meus olhos com força, o que fez minha cabeça doer novamente, comecei a tomar sentido de algumas partes de meu corpo, senti um movimento em minha volta, era assustador. Esperei aquela estranha movimentação passar, eu não conseguia abrir meus olhos, tudo em minha volta doía, mais uma parte de mim gritava ‘’VAMOS JUSTIN, SEJA FORTE’’. Tentei abrir meus olhos, e mais uma vez àquele tenebroso clareado invadiu minha vista, mais desta vez consegui suportar, pisquei meus olhos para aliviar um pouco a dor que ainda invadia minha cabeça, foi quando tive a visão de uma garotinha de lindos cabelos longos louros castanhos, olhos cor de mel, pele branca feito a neve e a boca delicadamente rosada, ela parecia ter entre quatro e cinco anos de idade, e o mais espantoso, ela se parecia comigo, eu não entendi muito bem o que estava acontecendo, foi quando vi ela. Seus longos cabelos morenos, seus olhos castanho escuros, sua boca delicadamente desenhada e seu rosto perfeitamente esculpido. Jennet Mackenzie.

-Justin... –a voz dela estava trêmula, seus olhos estavam encharcados, eu não estava entendendo nada, Jennet me deu um abraço apertado.
-Jennet... –minha voz soou fraca.

Aquela criancinha me olhava espantada, e eu tinha uma leve impressão de que eu já a conhecia. Ela se aproximou de mim e esticou sua pequena mão, levantei minha mão com um pouco de dificuldade, foi quando nossas mãos se encontraram uma com a outra, senti um leve choque percorrer meu corpo, e a menininha arregalou seus olhos cor de mel.

-Papai? –aquelas palavras me fizeram congelar, como assim? Eu... Não é possível.
-Filha? –falei sem acreditar, da última vez que vi a Miley ela estava dentro da barriga de Jennet, e sim, eu lembro o nome dela.

Ela se aproximou de mim e tocou suas delicadas mãos em meu rosto, deixei uma lágrima cair, aquilo me espantou, Miley estava tão grande, ela era linda.

-Justin, você se lembra da sua filha Miley? –Jennet segurou minha mão.
-Lembro mais da última vez que a vi... Ela estava dentro de sua barriga... Como...

A porta daquele quarto, o que me parecia ser mais um hospital, abriu e uma mulher loira usando um jaleco branco se aproximou de mim.

-Olá Justin, sou Isabella, sua médica, vou lhe fazer algumas perguntas, veja se consegue se lembrar. –aquilo estava estranho e confuso, como assim ‘’me lembrar’’? –Você sabe seu nome completo?
-Justin Drew Bieber. –respondi como se fosse óbvio.
-Sabe quando nasceu?
-Primeiro de março de noventa e quatro. –aquilo já estava me enjoando.
-Em que ano estamos?
-Dois mil e quatorze. –observei Jennet rir. –Qual o problema?
-Na verdade estamos em dois mil e dezenove. Você acabou de acordar de um coma irreversível, que por milagre durou apenas cinco anos. –arregalei meus olhos.
-Isso quer dizer que eu já estou com vinte e seis anos?
-Sim Justin, e nossa Miley já está com cinco anos. –olhei bem para Miley e sorri.
-Não acredito que fiquei ausente por cinco anos, eu nem vi minha pequena crescer. –acariciei os cabelos sedosos de Miley.
-Você não teve culpa, você estava em coma, e não foi culpa de ninguém, o importante é que você está bem. –senti seus lábios sedosos tocar os meus não acredito que fiquei cinco anos sem sentir seus lábios delicados nos meus.
-Pai... Você vai brincar comigo? A mamãe disse que você estava descansando para brincar comigo, isso era verdade não é? –ela fez um biquinho irresistível, sorri de orelha á orelha.
-Sim filha, isso é verdade, eu já dormi bastante, e agora eu acordei só para brincar com você meu amor. –tive força suficiente para colocar Miley em meu colo, beijei seu rosto que parecia um algodão de tão macio.
-Eu nunca te vi papai, você é tão lindo... Seus olhos são iguais aos meus, seu cabelo também, seu nariz... Menos minha boquinha que é igual da mamãe. –foi impossível não abrir um sorriso.
-Você é muito linda filha, parece uma princesa, e você é minha cara.
-Só servi para parir mesmo. –Jennet cochichou.
-Deixa de besteira. –ri. Ela não havia mudado nada MESMO!

Fiquei curtindo MINHA família, eu não acredito, eu durmo por cinco anos e quando acordo vejo as pessoas que eu mais amo nesse mundo, Miley era uma boneca, ela havia pegado o celular de Jennet e tirado fotos comigo, cada uma delas fazendo caretas, eu ria a cada foto que ela tirava, Jennet sorria e dava algumas risadas, minha ficha ainda não tinha caído, eu estava segurando MINHA filha nos meus braços, era como se eu estivesse em outro mundo, um mundo mais delicado, e eu estava cociente de que a partir de agora, eu terei uma nova vida. A porta do quarto se abriu novamente.

-Senhor Bieber, o senhor tem visitas. –senhor o caralho, ainda sou novo.
-Finalmente a bicha loira acordou! Trouxe balões de boas vindas. –Christian entrou com vários balões coloridos na sala.
-Gazela! Acordou! Trouxe flores para você amor. –Ryan estava com um buquê de rosas brancas.
-Só vim te ver. –Chaz se sentou na cadeira reclinável.

Tampei os ouvidos da Miley.

-Bando de viado corno! –mandei dedo para os três.
-Imagino a educação que você vai dar á sua filha Justin. –Alice entrou na sala, e para minha surpresa, seu cabelo estava pintado de rosa claro.
-Alice? É você mesma? Cadê a loira burra de sempre? –falei rindo.
-Olha só quem diz idiota. –ela me mandou dedo.
-Rebeldia...
-Soul Rebel babe!

Eu e Jennet se olhamos e caímos na risada. Cinco anos inativo, devo ter perdido muita coisa.

Muita coisa mesmo.

Jennet´s P.O.V.

Eu não conseguia acreditar, as chances de Justin eram praticamente zero, mais quando eu atendo o celular recebo a notícia de que ‘’Justin acordou’’, e quando ele abriu seus olhos, que confesso, não lembrava mais de sua cor penetrante, eu não consegui acreditar. Ele estava bem, estava vivo, estava ali. E logo depois de acordar ele já deu aquele sorriso perfeito que só ele tem, eu não consegui controlar minhas emoções, parecia ser muita coisa para minha cabeça.

-Pai! Pai! O tiú Christian disse que você é chato.
-Ah, tio Christian é um bocó. –Justin o fuzilou com os olhos, ri da situação.
-Só disse a verdade cara, sua filha precisa te conhecer.
-Mais a deixe descobrir sozinha. Não liga pro tio Christian filha, ele é bobo e não sabe o que fala. –Justin beijou a testa de Miley.
-Quando você vai embora daqui? Já cansei de ficar aqui? –Alice reclamou colocando os pés em cima da mesinha que havia no quarto.
-Oh, revoltada, ele deve ter alta hoje mesmo. Depende do estado de saúde dele. –falei impaciente.
-Ótimo, não agüento mais ficar vindo nesse hospital quase todo dia da semana.

Ri, com certeza Justin teria que saber de muitas coisas.

[...]

No outro dia Justin recebeu alta, ele estava andando um pouco engraçado, acho que estava se acostumando a ficar de pé.

-Puta que pariu que fome. –olhei pro Justin e dei um tapa em seu ombro.
-Não xinga perto da sua filha sua anta.
-Briga de casal, cadê meu cafezinho? –Chaz revirou os olhos.
-Chaz, tem uma cafeteria bem ali olha. –Justin apontou e todos caíram na risada.
-Vai se ferrar cara.
-Já me ferrei, acabei de acordar de um coma.
-Isso na verdade tem outro nome, e se chama, tomar no cú.

Rimos, as piadas irônicas de Alice eram as melhores.

-E agora? –Justin perguntou meio confuso.
-Todos vamos para nossos cantou e quem sabe, hoje a noite podemos nos encontrar? Soube que vai rolar uma festinha por aqui... –Ryan olhou para cada um de nós.
-Sinto muito Ryan, sou um homem de família agora, e tenho que recuperar um bom tempo perdido com minha família. –Justin me olhou seguido de um sorriso, retribui com um selinho.
-Tudo bem paizão, agente se vê algum dia.

Todos nós nos despedimos, Justin e eu fomos até um parque com Miley, o clima estava agradável, com certeza o outono estava próximo, a paisagem alaranjada, folhas caindo lentamente, a grama esverdeada com um toque de marrom, o vento soprava gelado, mais nada que alguns agasalhos impedissem o frio de nos atrapalhar. Justin e eu sentamos debaixo de uma árvore com uma sombra fraca, Miley brincava com algumas folhas que estavam no chão, pegando-as em suas mãos e jogando para cima. Sentei com as costas apoiadas no peitoral dele.

-Justin...?
-Jennet...?
-Eu te amo. –falei olhando ele de canto.
-Você se apaixonou pelo Justin ou pelo criminoso?
-Acho que os dois, sem o Justin não existira o criminoso e sem o criminoso não existiria o Justin.

Ele sorriu.

-Justin, qual foi seu pior crime?

Vi ele sorrir de orelha a orelha, em seguida me fazendo virar e encarar seus olhos selei nossos lábios.

-Meu pior crime? Amar demais alguém proibido.

The End...?

2 comentários:

  1. AI MEU DEUS ESSA FRASE.... Ta perfeitooooo, chorei MUITO MESMO! Parabens sis a ib toda foi perfeitAAaa

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  2. OMG Q PERFEITOOOOOO, Saah mt obrigada por ter feito o Jus acordar haha mas eu li o começo do cap e pensei q ele tinha morrido... mt perfeitoooo

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