Justin’s P.O.V.
Como eu posso ter sido tão idiota em dizer aquela mentira? Eu menti para
mim mesmo, no meu pensamento e para Sheila. Ela tem razão, eu sou um vagabundo
e desgraçado gângster! Eu não sabia para ir exatamente, eu só queria sumir
desse mundo! Peguei minha mochila que estava cheia de drogas, fui para um
penhasco que ficava bem longe da cidade. Ali era mais sossegado e eu podia
fumar em paz! Peguei um isqueiro e um cigarro que ficava no canto direito da
minha mochila preta, ascendi e dei uma fumada longa e soltei a fumaça pelas
minhas narinas.
Porque tudo parece ficar bem quando agente faz merda depois que fez
outra merda?
Isso é um mistério da vida. Depois de dar mais umas quadro aspiradas
joguei o cigarro no mar, que ficava abaixo daquele penhasco que era muito alto.
Abri a parte maior da minha mochila e retirei um pouco mais de drogas. Cheirei
até não poder mais. Eu já podia sentir meu corpo pesado e meus olhos ardendo de
tão vermelhos que estavam minha vista já estava escurecendo. Quando me dei
conta apaguei de vez.
~*~
Senti um peso sobre minha cabeça quando acordei não me lembro de nada
depois de ter apagado. A primeira visão que tive foi de um céu totalmente
nublado, com nuvens negras. Isso era sinal de inverno. O frio estava muito
intenso, e o pior, minha jaqueta havia sumido, sentia os pelos do meu corpo
congelar. Meus dentes rangiam e batiam rapidamente, meus músculos se contraíram
e me fizeram gelar de vez. Tive forças suficientes para pegar minha mochila e
sair de lá. O caminho todo foi um sofrimento, e o pior, eu não tinha para onde
ir! Não posso mais voltar ao meu trabalho se não estou perdido de vez. Lembrei
de Sheila e de suas palavras. Aquela briga não saia da minha cabeça! Parece que
ela me tornava mais fraco a cada minuto em que eu pensava nela. Fui seguindo
caminho até encontrar um ponto de ônibus e lá encontrei a minha jaqueta
pendurada, nesta cidade todos roubam! Peguei-a e a vesti.
Olá calor!
Eu não sabia o que estava fazendo, ainda bem que eu sempre andava
armado. Sentei-me naquele banco e me encolhi do mesmo jeito o frio era mais forte.
Aquele vento miserável estava cada vez mais forte, não duvido nada de que hoje
à noite teremos neve caindo. Eram quase seis da tarde, e o tempo já estava
completamente escuro e nublado.
Até os céus estão tristes e medonhos.
Coloquei a mochila sobre meu corpo tentando me proteger, de forme
inútil, contra o frio que a cada segundo ficava mais forte e frio. Meus lábios
estavam rachando, meus dedos já estavam completamente roxos e gelados, minha
face se encontrava gélida. O frio era como uma faca, e ele estava me cortando.
Eu não sentia mais o sangue percorrendo boa parte do meu corpo, estava
totalmente congelado, meus cílios estavam congelando. Fechei meus olhos, tentei
imaginar uma chama, mais tudo o que eu via era escuridão. Estava vendo minha vida.
Minha vida estava escura e vazia! Senti cair algo frio em minha mão, quando
abri meus olhos observei um pequenino floco de neve. Era bem delicado, e bem
branquinho.
Sheila.
Eu necessitava dela. Foi aí que caiu minha ficha. Fechei novamente meus
olhos, e o que eu vi, foi uma escuridão seguida de um brilho, esse brilho foi
se tornando maior, até eu conseguir enxergar Sheila. Abri meus olhos
rapidamente, e naquele momento eu sabia que eu precisava dela. Mais meu corpo
dizia para eu matá-la, e meu coração á desejava. Quem devo seguir?
Sheila’s P.O.V.
Meti em encrenca quem eu nunca deveria perder. Os policiais iriam agir em uma
semana e eu acho que não poderia fazer mais nada! E o pior é que essa CIA
poderia me seqüestrar, ou seqüestrar minha irmã... Não sei, só sei que isso
pode acabar em morte! Eu não conseguia acreditar, minha própria irmã... Porque minha
mãe decidiu nos separar? Isso não é justo! E o pior, nunca ninguém me contar
sobre ela! Isso foi o que? Um castigo? Mundo injusto, eu necessitava saber
disso antes de acontecer aquela tragédia desgraçada, antes de minha mãe se
casar com o sujo do meu padrasto, antes dela nos deixar!
Antes de
tudo!
Minha
irmã grávida, ela tem 19 anos, ainda é nova, jovem deveria aproveitar a vida
sem se preocupar, e agora vai ter que ter a responsabilidade de cuidar de uma
criança inocente! E o pior, essa criança foi gerada por uma pessoa suja e
imunda! Ela não merecia isso, de jeito nenhum, se pudesse eu me colocaria no
lugar dela. Ainda bem que não foi por causa do Justin, mais por minha culpa ele
será preso, espancado, morto... Sei lá só sei que isso não irá terminar com um
final feliz!
-Sheila,
você tem que correr atrás dele! –ela implorava para mim sair correndo dali e ir
procurar Justin-
-Não, eu
não vou correr atrás dele! Ele é um gângster, imagine quantas coisas horríveis
ele já fez há outras pessoas inocentes? Ele deve ser preso! –eu estava com um
pouco de ódio, mais ele falava mais alto dentro de mim-
-E se
fosse você no lugar dele? Gostaria de ser presa? Sabendo que você fez aquilo
mais não vai ser preso por aquilo e sim por uma coisa que você não fez!
Gostaria Sheila? –o pior é que ela estava certa, eu nunca iria querer ser presa
por algo que eu não fiz-
Não falei
nada, apenas abaixei minha cabeça e fiquei pensando, eu estava totalmente
enganada sobre Justin, ele não merecia sofrer, eu deveria entregar a verdadeira
pessoa a polícia.
-No que
você está pensando? –Jolie me perguntou curiosa-
-Jolie,
tenho que entregar o chefe do Justin! –não tenho medo da morte-
-NÃO VOCÊ
ESTÁ MALUCA? ELE VAI TE MATAR!
-Eu tenho
que fazer isso! Eu tenho que proteger o Justin!
-NÃO
SHEILA!
Não dei
ouvidos sai correndo para meu quarto e fiquei pensando... Onde poderia estar o
chefe dele? Eu não sabia de nada só sabia que tinha que achar aquele desgraçado.
Deitei na minha cama e parei para pensar, onde Justin podia estar? E se ele
estiver passando frio? Morrendo nessa noite? Eu não consigo pensar em outra
coisa a não ser nele!
Desculpe-me
Justin!
Justin’s P.O.V.
O frio me
cortava, me cortava por dentro e por fora, todos pensam que eu sou um cara que
sai matando qualquer um que vê pela frente, isso não deixa de ser verdade, mais
eu também sou um cara de sentimentos. Nunca contei isso á ninguém mais, toda
vez que em mandam matar, forma um enorme buraco em meu coração, isso em
enfurece tanto, que eu mataria meu chefe ao em vês da pessoa desejada dele. Eu
tenho uma ferida no meu coração, ela nunca poderá ser cicatrizada. Nada e nem
ninguém é capaz de curar uma ferida no coração.
Ela é
eterna!
Aquele
canto de ônibus era inútil! Não me servia para nada a não ser me deixar
congelar na noite. Mais eu acho que mereço isso, afinal eu sou Justin Bieber, o gângster matador de
pessoas sem coração. Deitei naquele banco que já se encontrava congelado,
que miséria! E a porra do meu casaco não ajudava em nada! O frio já estava
intenso de mais, eu não sabia se poderia suportar tantas ‘facadas de neve’, eram muito ‘afiadas’
para mim. A neve caia devagar mais com intensidade. Meus dedos já estavam
extremamente congelados, meu machucado chegava queimar por dentro, meus olhos
estavam fechados, o frio fazia com que eles ardessem aquilo era uma sensação
horrível, o gelo estava me queimando, não uma queimadura qualquer.
A
queimadura do ódio e tristeza.
Decidi
sair dali e tentar achar um lugar mais quente, mais o único lugar quente em que
eu poderia pensar era no meu corpo colado ao de Sheila. Eu não podia ficar na
casa de nenhum dos meus amigos, todos eles são dedos duros e todos os dias
transam com vadias, eu não iria ficar na casa de ninguém para escutar gemidos.
Foi quando avistei Payton, mais o que ela estava fazendo no meio dessa nevasca?
Concluí de que a Payton é mais doida do que Sheila. Andei até ela.
-Payton,
garota, o que você está fazendo aqui? –perguntei segurando nos seus braços-
-Caso não
saiba, gosto de passear na neve! –ela estava com ódio no olhar, provavelmente
Sheila já havia espalhado ao mundo quem eu realmente era-
-Já sabe
quem eu sou? –perguntei soltando-a-
-Desde o
início Justin Bieber!
-E não
vai me bater, fugir e espalhar por aí quem eu sou? –falei perplexo-
-Porque
eu contaria para alguém sobre meu parceiro?
Epa! Como
assim ‘meu parceiro’? Não acredito
que Payton poderia ser da CIA, ela é muito descuidada para essa tarefa!
-Parceiro?
–assenti-
-Ângela
Payton, agente da CIA há quase quatro anos! –ela mostrou seu distintivo e
retirou seu disfarce se ‘tornando’ uma
loira de olhos castanhos escuros- Concerteza eu já ouvi falar de você, é um
gângster não é?
-Todos
falam isso, mais eu deixei de ser um gângster á quase três anos. –falei a
verdade, sei que posso confiar em uma agente da CIA-
-Essa
história é verdade? De que você abusou da Jolie? –era pior do que pensava-
-CLARO
QUE NÃO! Eu nunca abusei de ninguém, apesar de eu ter sido um gângster eu nunca
estuprei ninguém! –sim eu nunca fiz isso, e essa história de eu ter sido um
gângster, ainda não termina aqui-
-A Sheila
te denunciou? –ela estava curiosa, nem dava atenção ao meu estado-
-Eu não
sei de nada, depois que ela descobriu quem eu era, ela começou a gritar comigo,
em xingando de todas as formas possíveis, me estressei e fui embora.
-Ela não
pode te denunciar de jeito nenhum! E você já sabe que agora deve mata-lá não
sabe? –essa não, eu havia me esquecido completamente desse detalhe!-
-Isso é
obrigatório? Por favor, diga-me que isso não é obrigatório! –eu tentava de
todas as formas fazer algo para mudarem aquela maldita regra-
-Você já
conhece a resposta Justin, sinto muito! –ela tocou meu ombro, segui meu olhar
para o chão nevado-
Fiquei
tão frustrado que eu queria sair quebrando tudo o que eu via pela frente, mais
a única coisa que me impedia era minha perna machucada, se ela não estivesse
assim, eu chutaria tudo, até concreto.
-Vamos
até minha casa, saia desse frio! –ela me direcionou até seu carro que era
simples, com certeza era para disfarçar-
Ela foi
dirigindo por uma estrada deserta, aliás, tudo estava deserto, quem seria o
idiota de sair nessa nevasca? Eu, claro!
~*~
A casa
dela era uma mansão enorme, ficava escondida em algum canto da cidade que eu
nunca se quer vi! Acho que aquela casa deva era avaliada em quase quarenta mil
dólares, mais ou menos.
-Obrigado
pela carona Ânge!
-Como
sabe meu apelido? –opa-
-Sei lá só
achei que fica legal em você, não pense que...
-Relaxa
aí, sou uma agente da CIA, claro que meu perfil estaria na internet! –ela me interrompeu-
-Mais não
pense que eu olhei alguma coisa sobre você.
-Acredito
em você, porque se você me conhecesse realmente teria me reconhecido no disfarce
e me entregado fácil. –o pior que era verdade, nunca que eu iria saber aquilo
sem a maldita internet-
Ela
estacionou o carro, em uma garagem super grande que ficava ao lado do jardim,
que devo dizer, não era pequeno.
-Entre,
se aqueça, tem uma lareira bem quente na sala, o banheiro fica lá me cima na
terceira porta á direita, a cozinha é aqui do lado, eu vou providenciar roupas
para você e o seu quarto é ao lado do meu, duas portas depois do banheiro.
Não sei
como ela podia ser tão gentil com alguém que praticamente todos desprezam e ignoram?
Estou começando a achar que ela pode ser um cúmplice. Segui as coordenadas e
fui até o banheiro onde tomei um bom e merecido banho quente, fui até o quarto
que ela falou, havia uma roupa bem quente, vesti-a em seguida desci até a
cozinha. Ângela estava fazendo um chocolate quente.
-Ânge,
posso te perguntar uma coisa? –eu sabia que iria perguntar merda, mais eu sou
muito curioso-
-Pode. –ela
estava concentrada em fazer o chocolate, mesmo assim ela me ouvia-
-Você não
quer me matar não é? Você não está servindo ao meu Zack ou o ‘cara’ misterioso? –não disse que iria
dar merda-
-Não
Justin, estou aqui para acabar com Zack e esse tal ‘cara’. –ela pegou duas xícaras em seguida colocando o chocolate- E
o Thomas vai exigir muito de nós dois se não acabarmos com Zack.
-Quem é
Thomas? –perguntei confuso, der repente estamos falando de alguém e surge outro
nome-
-Acho que
você não sabe não é? –como assim não sei?- Thomas é o nome do nosso chefe, o
verdadeiro nome!
Hoje é o
dia da confusão! Tomara que não fique pior do que já está.
Sheila’s P.O.V.
Porque
tudo o que agente quer mais protegido simplesmente acaba desprotegido? Eu
deveria proteger minha irmã e agora ela está grávida de um cara sujo, que não
merecia viver. Ela agora é minha prioridade, minha responsabilidade! O mundo
estava de cabeça para baixo, eu não conseguia entender porque depois que Justin
apareceu no meu caminho, tudo ficou mais complicado e difícil, antes parecia
que tudo era fácil, mais agora, eu não sei mais se posse dizer isso. A vida é
uma escalada.
Mais a
vista é ótima.
Sai de
dentro daquele quarto abafado, segui até a cozinha, observei pela janela que a
neve caía lentamente nessa escuridão horrenda. Onde Justin poderia estar? Ele
não merecia estar nessa escuridão.
-Você
está pensando nele? –Jolie veio por trás de mim me dando um breve susto. O pior
é que ela estava certa-
-Eu fiz a
coisa certa Jolie? –meu coração estava abatido eu precisava de ajuda-
-Você
acha que fez a coisa certa? –minha irmã é o que? Poeta?-
-Eu tenho
que salvá-lo.
-Mais
onde ele pode estar? –um pequeno detalhe esquecido-
-Eu não
sei, e o que isso importa? Eu sei que tenho que protegê-lo!
Sai de
perto daquela janela escura e fui até a sala, eu não sabia o que fazer, estava
uma confusão na minha cabeça, para mim a única solução agora era chorar até não
poder mais! Joe veio até mim, em seguida me abraçando, ela sabia que eu estava
sofrendo e de que precisava de ajuda.
-Irmã,
você tem que me ajudar! Eu quero esquecê-lo, mais eu também não quero esquecê-lo!
-Isso não
depende de mim irmã, isso é com você e seu coração. –ai meu Deus me ajude-
-Como
você superou sua gravidez? Como você teve forças para não abortar?
-Bom, eu
sabia que não foi certo o que ele fez, mais eu sabia que também estaria errada
se desistisse de uma vida inocente, não foi fácil para se acostumar. Quando eu
soube que estava grávida, eu falava loucuras! Gritava com tudo, pode acreditar,
até com objetos eu gritava. –dei uma leve risada- Chorava muito, eu nunca pensei
que suportaria tanto ‘peso’ na minha
vida. Mais aí eu vi que era meu dever cuidar dessa criança mesmo estando com
uma dor horrível no meu coração, foi uma decisão difícil, mais sei que não vou
me arrepender.
-Meu Deus,
minha irmã teve que sofrer tanto assim? Eu to me sentindo culpada de não estar
ao seu lado nas horas mais difíceis. –nunca pensei que ela suportaria isso
tudo-
-Não foi
sua culpa, nós não sabíamos de ninguém e de nada, foi por causa de Deus que
quis nos juntar para podermos nos ajudar, eu te ajudo e você me ajuda.
-Te ajudo
a sofrer? –no que sirvo nessa história? Só sirvo para atrapalhar-
-Não, me
ajuda, a saber, que eu não estou sozinha nessa. Vamos esquecer isso, me conta
aí, o que você faz da vida? –como eu vou explicar para ela isso?-
-Não
fique brava mais eu sou streeper em uma boate.
Ela não
falou nada simplesmente caiu na gargalhada.
-E eu que
pensei que era coisa pior Sheila!
-Então
ser streeper em uma boate, aquela garota que fica dançando na frente dos
rapazes e age como uma puta para ganhar dinheiro não é ruim? –ela ria sem
parar-
-Você faz
tudo isso? Que azar! –fiz cara feia-
-Quer
saber, você também é uma puta puxou a irmã!
Caímos na
gargalhada, já descobri onde eu peguei esse meu ‘humor’. Na verdade nunca tive mesmo! Só presto para ser sarcástica
nessa vida. Até que surge essa vaca e me faz de idiota.
Mais
idiota.
Mais isso
tudo acabou quando me lembrei do cara que engravidou a Joe, fiquei com um
pequeno ódio no coração.
-Está
planejando vingança Sheila?
-Para de
ler minha mente vadia! –falei dando um leve tapa em seu ombro-
-Deixe isso
para lá!
-Deixar
para lá? –como fazer isso Jolie?-
-É isso
já é passado, segue em frente!
-Ele merece morrer!

+3 comentários
Haha e aí oque acharam, as coisas vão ficar mais pesadas agora, e vai acontecer uma coisa bem ruim com a Sheila o que será? haha u.u

continua amoreeeeee
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