09 julho 2013

Paraísos Artificiais - Capítulo 12 - He must Die!



Justin’s P.O.V.


Como eu posso ter sido tão idiota em dizer aquela mentira? Eu menti para mim mesmo, no meu pensamento e para Sheila. Ela tem razão, eu sou um vagabundo e desgraçado gângster! Eu não sabia para ir exatamente, eu só queria sumir desse mundo! Peguei minha mochila que estava cheia de drogas, fui para um penhasco que ficava bem longe da cidade. Ali era mais sossegado e eu podia fumar em paz! Peguei um isqueiro e um cigarro que ficava no canto direito da minha mochila preta, ascendi e dei uma fumada longa e soltei a fumaça pelas minhas narinas.

Porque tudo parece ficar bem quando agente faz merda depois que fez outra merda?

Isso é um mistério da vida. Depois de dar mais umas quadro aspiradas joguei o cigarro no mar, que ficava abaixo daquele penhasco que era muito alto. Abri a parte maior da minha mochila e retirei um pouco mais de drogas. Cheirei até não poder mais. Eu já podia sentir meu corpo pesado e meus olhos ardendo de tão vermelhos que estavam minha vista já estava escurecendo. Quando me dei conta apaguei de vez.

~*~

Senti um peso sobre minha cabeça quando acordei não me lembro de nada depois de ter apagado. A primeira visão que tive foi de um céu totalmente nublado, com nuvens negras. Isso era sinal de inverno. O frio estava muito intenso, e o pior, minha jaqueta havia sumido, sentia os pelos do meu corpo congelar. Meus dentes rangiam e batiam rapidamente, meus músculos se contraíram e me fizeram gelar de vez. Tive forças suficientes para pegar minha mochila e sair de lá. O caminho todo foi um sofrimento, e o pior, eu não tinha para onde ir! Não posso mais voltar ao meu trabalho se não estou perdido de vez. Lembrei de Sheila e de suas palavras. Aquela briga não saia da minha cabeça! Parece que ela me tornava mais fraco a cada minuto em que eu pensava nela. Fui seguindo caminho até encontrar um ponto de ônibus e lá encontrei a minha jaqueta pendurada, nesta cidade todos roubam! Peguei-a e a vesti.

Olá calor!

Eu não sabia o que estava fazendo, ainda bem que eu sempre andava armado. Sentei-me naquele banco e me encolhi do mesmo jeito o frio era mais forte. Aquele vento miserável estava cada vez mais forte, não duvido nada de que hoje à noite teremos neve caindo. Eram quase seis da tarde, e o tempo já estava completamente escuro e nublado.

Até os céus estão tristes e medonhos.

Coloquei a mochila sobre meu corpo tentando me proteger, de forme inútil, contra o frio que a cada segundo ficava mais forte e frio. Meus lábios estavam rachando, meus dedos já estavam completamente roxos e gelados, minha face se encontrava gélida. O frio era como uma faca, e ele estava me cortando. Eu não sentia mais o sangue percorrendo boa parte do meu corpo, estava totalmente congelado, meus cílios estavam congelando. Fechei meus olhos, tentei imaginar uma chama, mais tudo o que eu via era escuridão. Estava vendo minha vida. Minha vida estava escura e vazia! Senti cair algo frio em minha mão, quando abri meus olhos observei um pequenino floco de neve. Era bem delicado, e bem branquinho.

Sheila.

Eu necessitava dela. Foi aí que caiu minha ficha. Fechei novamente meus olhos, e o que eu vi, foi uma escuridão seguida de um brilho, esse brilho foi se tornando maior, até eu conseguir enxergar Sheila. Abri meus olhos rapidamente, e naquele momento eu sabia que eu precisava dela. Mais meu corpo dizia para eu matá-la, e meu coração á desejava. Quem devo seguir?

Sheila’s P.O.V.

Meti em encrenca quem eu nunca deveria perder. Os policiais iriam agir em uma semana e eu acho que não poderia fazer mais nada! E o pior é que essa CIA poderia me seqüestrar, ou seqüestrar minha irmã... Não sei, só sei que isso pode acabar em morte! Eu não conseguia acreditar, minha própria irmã... Porque minha mãe decidiu nos separar? Isso não é justo! E o pior, nunca ninguém me contar sobre ela! Isso foi o que? Um castigo? Mundo injusto, eu necessitava saber disso antes de acontecer aquela tragédia desgraçada, antes de minha mãe se casar com o sujo do meu padrasto, antes dela nos deixar!

Antes de tudo!

Minha irmã grávida, ela tem 19 anos, ainda é nova, jovem deveria aproveitar a vida sem se preocupar, e agora vai ter que ter a responsabilidade de cuidar de uma criança inocente! E o pior, essa criança foi gerada por uma pessoa suja e imunda! Ela não merecia isso, de jeito nenhum, se pudesse eu me colocaria no lugar dela. Ainda bem que não foi por causa do Justin, mais por minha culpa ele será preso, espancado, morto... Sei lá só sei que isso não irá terminar com um final feliz!

-Sheila, você tem que correr atrás dele! –ela implorava para mim sair correndo dali e ir procurar Justin-
-Não, eu não vou correr atrás dele! Ele é um gângster, imagine quantas coisas horríveis ele já fez há outras pessoas inocentes? Ele deve ser preso! –eu estava com um pouco de ódio, mais ele falava mais alto dentro de mim-
-E se fosse você no lugar dele? Gostaria de ser presa? Sabendo que você fez aquilo mais não vai ser preso por aquilo e sim por uma coisa que você não fez! Gostaria Sheila? –o pior é que ela estava certa, eu nunca iria querer ser presa por algo que eu não fiz-

Não falei nada, apenas abaixei minha cabeça e fiquei pensando, eu estava totalmente enganada sobre Justin, ele não merecia sofrer, eu deveria entregar a verdadeira pessoa a polícia.

-No que você está pensando? –Jolie me perguntou curiosa-
-Jolie, tenho que entregar o chefe do Justin! –não tenho medo da morte-
-NÃO VOCÊ ESTÁ MALUCA? ELE VAI TE MATAR!
-Eu tenho que fazer isso! Eu tenho que proteger o Justin!
-NÃO SHEILA!

Não dei ouvidos sai correndo para meu quarto e fiquei pensando... Onde poderia estar o chefe dele? Eu não sabia de nada só sabia que tinha que achar aquele desgraçado. Deitei na minha cama e parei para pensar, onde Justin podia estar? E se ele estiver passando frio? Morrendo nessa noite? Eu não consigo pensar em outra coisa a não ser nele!

Desculpe-me Justin!

Justin’s P.O.V.

O frio me cortava, me cortava por dentro e por fora, todos pensam que eu sou um cara que sai matando qualquer um que vê pela frente, isso não deixa de ser verdade, mais eu também sou um cara de sentimentos. Nunca contei isso á ninguém mais, toda vez que em mandam matar, forma um enorme buraco em meu coração, isso em enfurece tanto, que eu mataria meu chefe ao em vês da pessoa desejada dele. Eu tenho uma ferida no meu coração, ela nunca poderá ser cicatrizada. Nada e nem ninguém é capaz de curar uma ferida no coração.

Ela é eterna!

Aquele canto de ônibus era inútil! Não me servia para nada a não ser me deixar congelar na noite. Mais eu acho que mereço isso, afinal eu sou Justin Bieber, o gângster matador de pessoas sem coração. Deitei naquele banco que já se encontrava congelado, que miséria! E a porra do meu casaco não ajudava em nada! O frio já estava intenso de mais, eu não sabia se poderia suportar tantas ‘facadas de neve’, eram muito ‘afiadas’ para mim. A neve caia devagar mais com intensidade. Meus dedos já estavam extremamente congelados, meu machucado chegava queimar por dentro, meus olhos estavam fechados, o frio fazia com que eles ardessem aquilo era uma sensação horrível, o gelo estava me queimando, não uma queimadura qualquer.

A queimadura do ódio e tristeza.

Decidi sair dali e tentar achar um lugar mais quente, mais o único lugar quente em que eu poderia pensar era no meu corpo colado ao de Sheila. Eu não podia ficar na casa de nenhum dos meus amigos, todos eles são dedos duros e todos os dias transam com vadias, eu não iria ficar na casa de ninguém para escutar gemidos. Foi quando avistei Payton, mais o que ela estava fazendo no meio dessa nevasca? Concluí de que a Payton é mais doida do que Sheila. Andei até ela.

-Payton, garota, o que você está fazendo aqui? –perguntei segurando nos seus braços-
-Caso não saiba, gosto de passear na neve! –ela estava com ódio no olhar, provavelmente Sheila já havia espalhado ao mundo quem eu realmente era-
-Já sabe quem eu sou? –perguntei soltando-a-
-Desde o início Justin Bieber!
-E não vai me bater, fugir e espalhar por aí quem eu sou? –falei perplexo-
-Porque eu contaria para alguém sobre meu parceiro?

Epa! Como assim ‘meu parceiro’? Não acredito que Payton poderia ser da CIA, ela é muito descuidada para essa tarefa!

-Parceiro? –assenti-
-Ângela Payton, agente da CIA há quase quatro anos! –ela mostrou seu distintivo e retirou seu disfarce se ‘tornando’ uma loira de olhos castanhos escuros- Concerteza eu já ouvi falar de você, é um gângster não é?
-Todos falam isso, mais eu deixei de ser um gângster á quase três anos. –falei a verdade, sei que posso confiar em uma agente da CIA-
-Essa história é verdade? De que você abusou da Jolie? –era pior do que pensava-
-CLARO QUE NÃO! Eu nunca abusei de ninguém, apesar de eu ter sido um gângster eu nunca estuprei ninguém! –sim eu nunca fiz isso, e essa história de eu ter sido um gângster, ainda não termina aqui-
-A Sheila te denunciou? –ela estava curiosa, nem dava atenção ao meu estado-
-Eu não sei de nada, depois que ela descobriu quem eu era, ela começou a gritar comigo, em xingando de todas as formas possíveis, me estressei e fui embora.
-Ela não pode te denunciar de jeito nenhum! E você já sabe que agora deve mata-lá não sabe? –essa não, eu havia me esquecido completamente desse detalhe!-
-Isso é obrigatório? Por favor, diga-me que isso não é obrigatório! –eu tentava de todas as formas fazer algo para mudarem aquela maldita regra-
-Você já conhece a resposta Justin, sinto muito! –ela tocou meu ombro, segui meu olhar para o chão nevado-

Fiquei tão frustrado que eu queria sair quebrando tudo o que eu via pela frente, mais a única coisa que me impedia era minha perna machucada, se ela não estivesse assim, eu chutaria tudo, até concreto.

-Vamos até minha casa, saia desse frio! –ela me direcionou até seu carro que era simples, com certeza era para disfarçar-

Ela foi dirigindo por uma estrada deserta, aliás, tudo estava deserto, quem seria o idiota de sair nessa nevasca? Eu, claro!

~*~

A casa dela era uma mansão enorme, ficava escondida em algum canto da cidade que eu nunca se quer vi! Acho que aquela casa deva era avaliada em quase quarenta mil dólares, mais ou menos.

-Obrigado pela carona Ânge!
-Como sabe meu apelido? –opa-
-Sei lá só achei que fica legal em você, não pense que...
-Relaxa aí, sou uma agente da CIA, claro que meu perfil estaria na internet! –ela me interrompeu-
-Mais não pense que eu olhei alguma coisa sobre você.
-Acredito em você, porque se você me conhecesse realmente teria me reconhecido no disfarce e me entregado fácil. –o pior que era verdade, nunca que eu iria saber aquilo sem a maldita internet-

Ela estacionou o carro, em uma garagem super grande que ficava ao lado do jardim, que devo dizer, não era pequeno.

-Entre, se aqueça, tem uma lareira bem quente na sala, o banheiro fica lá me cima na terceira porta á direita, a cozinha é aqui do lado, eu vou providenciar roupas para você e o seu quarto é ao lado do meu, duas portas depois do banheiro.

Não sei como ela podia ser tão gentil com alguém que praticamente todos desprezam e ignoram? Estou começando a achar que ela pode ser um cúmplice. Segui as coordenadas e fui até o banheiro onde tomei um bom e merecido banho quente, fui até o quarto que ela falou, havia uma roupa bem quente, vesti-a em seguida desci até a cozinha. Ângela estava fazendo um chocolate quente.

-Ânge, posso te perguntar uma coisa? –eu sabia que iria perguntar merda, mais eu sou muito curioso-
-Pode. –ela estava concentrada em fazer o chocolate, mesmo assim ela me ouvia-
-Você não quer me matar não é? Você não está servindo ao meu Zack ou o ‘cara’ misterioso? –não disse que iria dar merda-
-Não Justin, estou aqui para acabar com Zack e esse tal ‘cara’. –ela pegou duas xícaras em seguida colocando o chocolate- E o Thomas vai exigir muito de nós dois se não acabarmos com Zack.
-Quem é Thomas? –perguntei confuso, der repente estamos falando de alguém e surge outro nome-
-Acho que você não sabe não é? –como assim não sei?- Thomas é o nome do nosso chefe, o verdadeiro nome!

Hoje é o dia da confusão! Tomara que não fique pior do que já está.

Sheila’s P.O.V.

Porque tudo o que agente quer mais protegido simplesmente acaba desprotegido? Eu deveria proteger minha irmã e agora ela está grávida de um cara sujo, que não merecia viver. Ela agora é minha prioridade, minha responsabilidade! O mundo estava de cabeça para baixo, eu não conseguia entender porque depois que Justin apareceu no meu caminho, tudo ficou mais complicado e difícil, antes parecia que tudo era fácil, mais agora, eu não sei mais se posse dizer isso. A vida é uma escalada.

Mais a vista é ótima.

Sai de dentro daquele quarto abafado, segui até a cozinha, observei pela janela que a neve caía lentamente nessa escuridão horrenda. Onde Justin poderia estar? Ele não merecia estar nessa escuridão.

-Você está pensando nele? –Jolie veio por trás de mim me dando um breve susto. O pior é que ela estava certa-
-Eu fiz a coisa certa Jolie? –meu coração estava abatido eu precisava de ajuda-
-Você acha que fez a coisa certa? –minha irmã é o que? Poeta?-
-Eu tenho que salvá-lo.
-Mais onde ele pode estar? –um pequeno detalhe esquecido-
-Eu não sei, e o que isso importa? Eu sei que tenho que protegê-lo!

Sai de perto daquela janela escura e fui até a sala, eu não sabia o que fazer, estava uma confusão na minha cabeça, para mim a única solução agora era chorar até não poder mais! Joe veio até mim, em seguida me abraçando, ela sabia que eu estava sofrendo e de que precisava de ajuda.

-Irmã, você tem que me ajudar! Eu quero esquecê-lo, mais eu também não quero esquecê-lo!
-Isso não depende de mim irmã, isso é com você e seu coração. –ai meu Deus me ajude-
-Como você superou sua gravidez? Como você teve forças para não abortar?
-Bom, eu sabia que não foi certo o que ele fez, mais eu sabia que também estaria errada se desistisse de uma vida inocente, não foi fácil para se acostumar. Quando eu soube que estava grávida, eu falava loucuras! Gritava com tudo, pode acreditar, até com objetos eu gritava. –dei uma leve risada- Chorava muito, eu nunca pensei que suportaria tanto ‘peso’ na minha vida. Mais aí eu vi que era meu dever cuidar dessa criança mesmo estando com uma dor horrível no meu coração, foi uma decisão difícil, mais sei que não vou me arrepender.
-Meu Deus, minha irmã teve que sofrer tanto assim? Eu to me sentindo culpada de não estar ao seu lado nas horas mais difíceis. –nunca pensei que ela suportaria isso tudo-
-Não foi sua culpa, nós não sabíamos de ninguém e de nada, foi por causa de Deus que quis nos juntar para podermos nos ajudar, eu te ajudo e você me ajuda.
-Te ajudo a sofrer? –no que sirvo nessa história? Só sirvo para atrapalhar-
-Não, me ajuda, a saber, que eu não estou sozinha nessa. Vamos esquecer isso, me conta aí, o que você faz da vida? –como eu vou explicar para ela isso?-
-Não fique brava mais eu sou streeper em uma boate.

Ela não falou nada simplesmente caiu na gargalhada.

-E eu que pensei que era coisa pior Sheila!
-Então ser streeper em uma boate, aquela garota que fica dançando na frente dos rapazes e age como uma puta para ganhar dinheiro não é ruim? –ela ria sem parar-
-Você faz tudo isso? Que azar! –fiz cara feia-
-Quer saber, você também é uma puta puxou a irmã!

Caímos na gargalhada, já descobri onde eu peguei esse meu ‘humor’. Na verdade nunca tive mesmo! Só presto para ser sarcástica nessa vida. Até que surge essa vaca e me faz de idiota.

Mais idiota.

Mais isso tudo acabou quando me lembrei do cara que engravidou a Joe, fiquei com um pequeno ódio no coração.

-Está planejando vingança Sheila?
-Para de ler minha mente vadia! –falei dando um leve tapa em seu ombro-
-Deixe isso para lá!
-Deixar para lá? –como fazer isso Jolie?-
-É isso já é passado, segue em frente!

-Ele merece morrer!

+3 comentários

Haha e aí oque acharam, as coisas vão ficar mais pesadas agora, e vai acontecer uma coisa bem ruim com a Sheila o que será? haha u.u

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